“O último homem a andar na linha o trem pegou”
Este ditado é atribuído ao movimento feminista, aqui elas depreciam a conduta masculina afirmando que de forma alguma existe um homem honesto e que mereça o mínimo de confiança em lugar algum do mundo. Tomando emprestada a sabedoria criadora deste ditado, vamos aqui generalizá-la e lançar a inexistência da confiança não somente sobre homens, mas, sobre toda raça humana.
A história nos menciona traidores célebres, pela bíblia tomamos conhecimento de Judas Iscariotes, delator do próprio Cristo. Nos livros de história nacional, conhecemos Joaquim Silvério dos Reis, o homem que cantarolou para parte mais interessada, todo plano encabeçado por Tiradentes que mais tarde, seria esquartejado pelos anti inconfidentes.
O fato intrigante é que, existirá sempre os traidores de plantão, seja pelo prazer sádico de entregar ou ferrar o próximo, seja pelo interesse de uma gratificação, ou ainda pela tortura física ou psicológica. A grande verdade é que o papel do cagueta sempre será exercido por alguém, a traição está penetrada no meio social através de nossa mente e também de nossa carne, é um tumor inoperável.
A grande dúvida é que, se medirmos a fidelidade das pessoas através de suas tentações e fraquezas, não sabemos se existirá algum justo. “Na tortura toda carne se trai”, já dizia Henri Charriere o Papillon.
Se for sob a tortura física ou psicológica que germinam os infiéis, logo concluiremos que a possibilidade de vivermos sem traidores é inexistente. O ser racional é pérfido por natureza, sob suas fraquezas ele trai a si próprio e seu semelhante, o homem se torna incapaz do auto controle, quando coagido ou tentado.
A condição de ser humano é falível, débil e limitada, o homem não suporta golpes ininterruptos lhe fustigando a mente ou a carne e assim, a raça humana se torna corrompida.
Não somos pessimistas nem desconfiados em demasia, somos realistas, enquanto não formos evoluídos, existirá as condições adversas que instigam e levam o homem a ser o traidor de seus princípios e de sua integridade. Tanto o trair, quanto o provocar a traição é prova de nossa carência de evolução.
No entanto, a desconfiança é um escudo protetor contra aos que fazem o mal, ter cautela não é sinal de insegurança, porém, uma maneira de se defender dos inevitáveis golpes da traição e da má fé.
Portanto prezado leitor, se a raça humana é violável, desconfie de tudo, nunca podemos nos desobrigar da prudência.
Vigiai, vigiai, a desconfiança é fundamental.
Por Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.
Mateus!
ResponderExcluirSe juntar teus últimos escritos acredito que dariam um digno tratado sobre a natureza humana à la Hume.
E cada vez mais vc. me convence que não poderá existir uma sociedade cujo princípio de coexistência esteja unicamente num sentimento moral de união e socialização.
Um verdadeiro paradoxo entre a realidade e nossos românticos ideais!
Abcs.