Começou a trabalhar ajudando o pai a fazer celas de cavalo, mas não seguiu a profissão.
Com 12 anos foi parar numa padaria entregando pão e em seguida foi ajudante de pedreiro.
Com 16 anos foi para os correios entregar telegramas. Nessa época serviu em São Bento do Una e Serinhaém.
Aos 18 anos foi morar em Recife, onde fez um concurso para telegrafista. Embora não tenha sido aprovado, foi aproveitado pelos correios porque sabia taquigrafia. Permaneceu no órgão até ingressar na vida artística.
Luiz Jacinto começou sua vida artística no Rádio Clube de Pernambuco, onde fazia o programa das 12:30h sob o patrocínio da Manteiga Turvo.
Em 1960 conheceu Luiz Queiroga, que criou o personagem Coronel Ludugero Na mesma época, conheceu também Irandir Peres (Otrope), a atriz Mercedes Del Prado (Filomena).
Com incentivo de Onildo Almeida e Nelson Ferreira, iniciou gravações de músicas sertanejas. A primeira foi "Cumbuque de Ludugero" e a segunda "Ludugero Aposentado". Juntos gravaram vários discos. Seu primeiro grande sucesso foi "Se tivé muié" gravada pelo selo Mocambo, do Recife. O artista gravava também textos humorísticos.
Além de Ludugero, Luiz Jacinto interpretava mais dois personagens:
Zé Beato, um sacristão puritano e envergonhado (criado por Hílton Marques) e Virgulino (criado por Luiz Queiroga).
Em 1964, juntamente com Irandir Costa e Luiz Queiroga, foi trabalhar na extinta TV Tupy, no Rio de Janeiro.
Na TV Tupy, participou do programa AEIOU Urca, fazendo o personagem Zé Beato. Depois participou da Escolinha do Professor Raimundo de Chico Anysio fazendo Zé Beato e Ludugero.
Luiz Jacinto passou a gravar pela CBS do Rio de Janeiro, que fazia a promoção dos seus discos com a Caravana Pau de Sebo, apresentando shows em várias cidades do Nordeste. Entre os artistas que também participavam da Caravana estavam Jacson do Pandeiro, Marinês e Trio Nordestino. Quando morreu, já trabalhava para a Rede Globo.
No dia 14 de março de 1970, morre Luiz Jacinto e toda sua equipe, vítima de desastre aéreo na Baía de Guajará Mirim, em Belém do Pará. O corpo só foi encontrado no dia 30 de março e sepultado um dia depois, em Caruaru.
QUEM ERA O PERSONAGEM CORONEL LUDUGERO
Retratava com bom humor a figura lendária dos coronéis, muitos dos quais pertenciam à Guarda Nacional e gozavam de grande prestígio junto a população. Era um homem simples de poucas palavras, amante da verdade e sincero, gabava-se de si próprio. Contador de histórias fantásticas, era casado com dona Filomena. Bom aboiador, bom cantador de viola e poeta. Mantinha um secretário (Otrope) que o orientava nos negócios e nas questões políticas. Ludugero se sentia feliz em contar histórias, dando expansão ao seu gênio brincalhão, quando não estava em crises de impaciência e nervosismo.
TEXTO EXTRAÍDO DO JORNAL VANGUARDA Nº 6.797
Fonte: caruaru
Dados Artísticos
Fez sucesso no rádio e na televisão com o personagem Coronel Ludugero, de temperamento explosivo e pronúncia incorreta das palavras. Em 1962 gravou com Rosa Maria pela Mocambo o cômico "Ludugero apoquentado" de Luiz Queiroga e em gravação solo "Combuque de Ludugero", de motivo popular adaptado por Luiz Queiroga. No mesmo ano, gravou de Onildo Almeida e Luiz Queiroga a moda de roda "Si tivé mulé" e de Luiz Queiroga o xote "Fiscá fulero". Em 1964 gravou de Nelson Ferreira e Luiz Queiroga a moda de roda "Sem mulé não presta" e de Onildo Almeida o xote "Duas fia pra casá". Em 1971 lançou o LP "Ludugero casa uma filha", no qual interpretou "Vou pra tamarineira", de Elino Julião. Seu maior sucesso foi "A volta do regresso", de Onildo Almeida e Irandir Costa. Morreu em meados dos 1970 em acidente de avião. Em 1999 a Polydisc lançou o CD "Coronel Ludugero - 20 supersucessos", com músicas que marcaram a carreira do artista, especialmente as paródias humorísticas, com destaque para "Vedete", "Filomena Flor" e "Sem mulé não presta".
Discografia
(1999) Coronel Ludugero. 20 Supersucessos • Polydor • CD
(1971) Ludugero casa uma filha • CBS • LP
(1970) muita saudade • CBS • LP
(1964) Sem mulé não presta/Duas fia pra casá • Mocambo • 78
(1962) Ludugero apoquentado/Combuque de Ludugero • Mocambo • 78
(1962) Si tivé mulé/Fiscá fulero • Mocambo • 78
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