Homens com histórico de tabagismo têm maiores chances de ter declínios cognitivos – associados com a demência senil – mais acentuados do que mulheres tabagistas e pessoas saudáveis de ambos os gêneros.
Pesquisas anteriores indicavam que a demência na idade avançada nessa parcela da população tinha maior incidência. Mas o estudo atual, publicado no periódico Archives of General Psychiatry, aponta que esse declínio – período entre os primeiros sintomas e a demência em si – acontece mais rapidamente nos homens fumantes ou ex-fumantes recentes.
Os dados da pesquisa, feitas por Séverine Sabia, da Universidade College London, no Reino Unido, vieram da análise dos arquivos sobre a saúde de mais de 5 mil homens e quase 2,2 mil mulheres e que desenvolveram os primeiros sinais de demência com idade média de 56 anos. Parte deles foram acompanhados por 10 anos, fazendo testes para determinar o nível de demência de tempos em tempos.
Nos homens fumantes a curva negativa em direção à demência nesse período era aproximadamente entre 25% e 30% mais rápidas do que a média geral. A única exceção foi para os testes de vocabulário, que se mantinham por mais tempo.
“Nossos resultados mostraram que há uma associação entre tabaco e declínio cognitivo, especialmente na idade avançada”, dizem os autores. Os motivos para a discrepância entre os números observados entre os homens e mulheres fumantes ainda não estão claros, mas uma hipótese é que talvez os homens observados na pesquisa tenham – por hábitos culturas diversos – fumado uma maior quantidade.
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por Enio Rodrigo.
Via Eband.
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