A ministra do Interior da África do Sul Nkosazana
Dlamini-Zuma foi eleita a primeira mulher presidente da Comissão da União
Africana neste domingo, 15 de julho. Ministra desde 1994, quando Nelson Mandela
assumiu a presidência da África do Sul, Dlamini-Zuma já passou pelas pastas da
Saúde e das Relações Exteriores, é também ex-mulher do atual presidente
sul-africano, Jacob Zuma. Dlamini-Zuma disputava a eleição contra o atual
presidente da União Africana, Jean Ping, do Gabão.
“O Instituto Lula parabeniza a nova presidenta da União
Africana e deseja a ela muito sucesso em sua gestão. Estamos confiantes que
trabalharemos juntos para estreitar ainda mais as relações entre África e
Brasil”, disse Celso Marcondes, coordenador executivo para África do Instituto Lula.
A eleição de Nkosazana Dlamini-Zuma foi muito disputada e
começou em janeiro deste ano, durante a 18ª Conferência da União Africana.
Naquela ocasião, nenhum dos dois candidatos atingiu a maioria de dois terços
após quatro rodadas de votos. Como solução, o então presidente Jean Ping teve
seu mandato extendido em seis meses e a eleição ficou para o encontro deste
domingo, dia 15, durante a 19ª Conferência. Novamente, foram necessárias quatro
rodadas de votação. Nkosazana Dlamini-Zuma venceu todas, mas não havia atingido
a maioria necessária. Foi então que seu adversário, Jean Ping, desistiu e abriu
caminho para a eleição de Dlamini-Zuma. Ambas as conferências aconteceram em
Adis Abeba, capital da Etiópia e sede da União Africana. O Instituto Lula
esteve presente nas duas ocasiões. Em janeiro, com Celso Marcondes, e em julho,
com Clara Ant, diretora do Instituto.
Analistas consideram que a eleição de Nkosazana Dlamini-Zuma
quebra duas tradições não escritas. A primeira, de que as potências
continentais não entravam na disputa e a segunda, de que os presidentes eram
sempre reeleitos para o mandato seguinte.
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