Foto: Carlos Cruz / Agência Brasil |
“Jamais uma etnia, uma religiosidade, uma forma de
existência pode perceber-se superior às demais formas de existência humana.
Estamos vendo aqui, em uma exposição sobre o Holocausto, o resultado do ódio,
da intolerância e do desrespeito humano ao próximo, seja do ponto de vista
étnico ou religioso”, disse.
A ministra também afirmou que as declarações do pastor
precisam ser pensadas pelas autoridades, apesar de o governo não ter o costume
de interferir nesse tipo de situação. “Sem dúvidas, as declarações que motivam
a intolerância devem ser pensadas com muita responsabilidade pública por todas
as autoridades publicas e por todo o país, porque o Brasil conquistou a
convivência entre os diferentes como grande aspecto da democracia brasileira e
dos direitos humanos”, garantiu.
“É lamentável que a cada dia nos deparemos com mais um
pronunciamento, mais uma intervenção que incita o ódio, a intolerância, o
preconceito. Já ultrapassa as barreiras de uma comissão da Câmara dos
Deputados, diz respeito a todos nós como brasileiros e brasileiras”, completou.
Desde que assumiu a presidência da comissão, no início de
março, Marco Feliciano passou a ser alvo de manifestações devido a comentários
considerados racistas, homofóbicos e sexistas. Ativistas de movimentos sociais,
principalmente envolvidos com o movimento gay, pedem que ele renuncie. Ele nega
que seja preconceituoso e afirma que não vai renunciar.
Vídeo de culto envolve Feliciano em mais uma polêmica
Começou a circular neste domingo (7) à noite um vídeo do
pastor durante um culto evangélico no qual ele diz que o cantor John Lennon foi
morto por “afrontar a Deus”. “Ninguém afronta a Deus e sobrevive para debochar”,
declarou.
Feliciano disse que a morte de Lennon foi uma espécie de
justiça divina, e que os três tiros que o atingiram teriam sido disparados em
nome do “Pai, do Filho e do Espírito Santo”. “Eu queria estar lá no dia em que
descobriram o corpo dele. Ia tirar o pano de cima e dizer: ‘me perdoe John, mas
esse primeiro tiro é em nome do Pai, esse é em nome do Filho e esse é em nome
do Espírito Santo’”, afirmou.
Em seguida, ele citou uma declaração que o músico teria
dado, que teria sido o motivo pelo a “vingança divina” caiu sobre Lennon. “John
Lennon estava olhando para as câmeras e disse: ‘Nós Beatles somos uma nova
religião’. A minha bíblia diz que Deus não recebe esse tipo de afronta e fica
impune”, disse.
De acordo com a assessoria de imprensa do deputado, as
imagens são de um culto realizado em 2005, mas o vídeo foi postado no Youtube
neste domingo.
Fonte: Portal Vermelho, Sul21 com informações do G1, do Terra e do Estadão
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