Nesta segunda-feira (15), o Conselho Nacional Eleitoral
(CNE) venezuelano proclamou Nicolás Maduro como o presidente eleito neste
domingo (14), ao obter 7.563.747 votos, o que equivale a 50,75%.
A presidenta do CNE, Tibisay Lucena, informou que o ex-candidato presidencial Henrique Capriles Radonski obteve 7.298.491 dos votos, o que representa 48,97%.
Denúncia de golpe
O presidente constitucional da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta segunda-feira (15) a preparação de um golpe de Estado no país por parte da direita venezuelana.
"Maioria é maioria e deve ser respeitada na democracia, não se podem buscar emboscadas, inventos para fragilizar a soberania popular (...) isso só tem um nome: golpismo. Quem pretende fragilizar a maioria na democracia está convocando um golpe", disse durante discurso que pronunciou no ato de proclamação de sua eleição no Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Em uma coletiva de imprensa concedida na tarde desta segunda-feira (15), o candidato derrotado anunciou uma série de ações de rua com a intenção de desconhecer a vontade popular e solicitar a contagem manual dos votos.
Caracas: vida segue normal
Lojas populares, shoppings, restaurantes e ambulantes trabalharam normalmente nesta segunda-feira (15), em Caracas. Nas ruas, o clima é de relativa tranquilidade, mas também de muito debate e mobilização, seja de partidários do presidente eleito Nicolás Maduro, seja de partidários do candidato da oposição Henrique Capriles.
A enviada especial do Portal Vermelho, Vanessa SIlva, e a equipe do ComunicaSul visitaram diferentes partes da cidade (Sabana Grande, Altamira, Capitólio, Bellas Artes) e não encontraram pontos de conflito ou indícios de confronto, nem tampouco a presença de efetivo policial acima do normal.
Contudo, é perceptível que há uma tensão que reflete a polarização política entre dois projetos.
Partidários de Capriles afirmam que não aceitam qualquer resultado que não seja a vitória desse candidato. De outro lado, chavistas denunciam a tentativa de golpe e de desestabilização da oposição ao não reconhecer a eleição de Nicolás Maduro.
Redaçãoo do Vermelho, com informações da ComunicaSul, Agência Prensa Latina e AVN
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