É curiosa a cobertura dos escândalos do BRB (Banco Regional
de Brasilia).
Por Luis Nassif
No Jornal GGN
Por Luis Nassif
No Jornal GGN
Mandam as regras jornalísticas que personagens mais
conhecidos merecem mais cobertura. E o escândalo envolvia um neto de
ex-presidente da República e filhos e nora de um ator famoso de televisão.
Deu-se o destaque devido.
Só não se reparou no fato que dá uma dimensão internacional
ao escândalo. O golpe de Paulo Renato de Oliveira Figueiredo, o neto, e de
Diogo Cuoco, o filho, foi com os controladores do Trump Hotel na Barra da
Tijuca.
Hoje o hotel pertence a terceiros. Mas, na época do golpe,
era de propriedade dele mesmo, Donald Trump. A incorporação foi feita por Paulo
Renato, CEO do grupo Polaris Projetos e
Empreendimentos, conservador militante e diretor de Relações com o Mercado do
Instituto Liberal.
No dia 20 de novembro de 2015, El Pais publicou uma
reportagem sobre a parceria. A aliança foi em 2013, para a construção de um
hotel super luxo na Barra da Tijuca, que custou US$ 120 milhões. Tem 170
apartamentos e estreiou a tempo para as Olimpíadas. A suíte presidencial tinha
diárias de um milhão de dólares.
O jovem empreendedor elogiou Trump: “Eu sou latino e Donald
Trump me trata estupendamente. A quantidade de latinos que trabalham para ele é
imensa, as babás dos netos dele são mexicanas... Essa imagem de racista que
tentam construir não existe”.
Segundo ele, Trump passou a lhe dar atenção quando revelou
que era neto de um ex-presidente da República. Aliás, comprovando que, a
exemplo de Putin, Trump alicerçava seus negócios em parcerias políticas em cada
país.
Aliás, o projeto de Trump chegou a ser saudado como o maior
desenvolvimento urbano dos países do BRICS.
O escândalo deve repercutir em breve nos Estados Unidos, no
momento em que se descobre que as jogadas de Trump com a Rússia envolviam seus
interesses imobiliários em Moscou. Embora Trump não tenha se envolvido
diretamente com a construção do imóvel, é mais um claro exemplo das parcerias
duvidosas em que se meteu. E também mais um episódio em que aventureiros, como
esse Paulo Figueiredo, se valem da carreira pública – no governo Eduardo Paes –
como trampolim para as grandes trapaças.
Da mesma maneira que o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, cujo despreparo só encontra paralelo em sua falta de escrúpulos nos
cargos públicos que exerceu.
Esse é novo personagem que emerge naquilo que o Ministro
Luis Roberto Barroso chama de reconstrução do país. Nos próximos meses, ainda
haverá muita história sobre esses novos gestores.
A vingança permanente de Moro
O impedimento para que o ex-presidente Lula pudesse ir ao
enterro de seu irmão é um dos episódios mais ignóbeis da história da República.
Em pleno regime militar, Lula foi autorizado a sair da prisão para o enterro da
mãe. Agora, perpetua-se uma perseguição implacável, covarde, a ponto de merecer
uma censura do próprio vice presidente da República, General Hamilton Mourão
O grau de mesquinharia da juiz Lebbos, do Ministro da
Justiça Sérgio Moro – a quem a Polícia Federal, a quem coube o veto, é
subordinada – é de verdugos, não de guerreiros da purificação ideológica da
raça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário