A Federação Nacional dos
Trabalhadores dos Correios, Telégrafos e Empresas Similares (Fentecht) do
Brasil chamou uma paralisação contra a privatização da empresa pública.
Segundo o portal Brasil de Fato,
a proposta da greve também é convergir com a greve nacional dos servidores,
marcada para amanhã contra a reforma administrativa.
Na votação a favor da greve,
aprovado na plenária nacional da Fentect, também foi discutido o andamento da
campanha salarial 2021/2022.
De acordo com o site da Central
Única dos Trabalhadores, também foi convocado um protesto contra a retirada dos
artigos do Acordo Coletivo dos trabalhadores dos Correios.
Pelo menos 50 dos 79 benefícios
teriam sido eliminados por decisão do Tribunal Superior do Trabalho durante a
campanha salarial de 2020.
Após a aprovação, em 5 de agosto,
na Câmara dos Deputados, do projeto de lei 591/2021, que privatiza a empresa, a
iniciativa foi encaminhada ao Senado Federal.
Brasil de Fato indica que uma das
estratégias do Sindicato dos Trabalhadores em empresas de Comunicações Postais
(Sinticom) é tentar fazer uma agenda com os três senadores do estado, todos
eles do partido Podemos : Álvaro Dias, Flavio Arns e Oriovisto Guimarães.
'É preciso dialogar com eles e
convencê-los de que a privatização dos Correios trará prejuízos para todo o
país e deixará milhares de trabalhadores desempregados e outros na mais
absoluta precariedade', disse o Sinticom em nota.
Os trabalhadores chamam a atenção
para o risco que corre os Correios, que se tornaria um monopólio privado.
Eles afirmam que a empresa é, ao
mesmo tempo, lucrativa, eficiente e radicada em pequenas cidades, prestando
serviços desde entrega de medicamentos até boletins de voto.
Recentemente, a Associação dos
Profissionais dos Correios do Brasil qualificou de inconstitucional a aprovação
pela Câmara do texto-base do projeto de lei de desestatização da empresa.
Para a sociedade, além de
inconstitucional, a iniciativa pode trazer 'graves riscos para os cidadãos e
empresas brasileiras, que podem ficar ainda mais reféns de um modelo de serviço
postal mais caro e menos presente do que o atual'.
O parlamentar Iván Valente denunciou que a venda afetaria a segurança nacional, já que 'vacinas, exames do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e urnas eletrônicas' passam pelos Correios. No momento, o caso está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal.
Via – Prensa Latina
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