Parece que foi ontem, porém, 32 anos nos separam daquela segunda-feira de 21 de agosto de 1989. Neste dia, perdíamos o maior nome do Rock nacional, Raul Santos Seixas, o Raulzito, o maluco beleza, saía do palco da vida deixando órfão uma legião de fãs.
Baiano de Salvador, o menino Raul foi um homem além do seu tempo e do seu espaço, num estilo único, consagrou-se como um dos maiores nomes da música popular brasileira.
Como tantos outros, foi perseguido pela censura que imperava durante os governos militares, Raul Seixas imortalizou-se com músicas como: Você, Gita, Ouro de tolo, Mosca na sopa, Metrô linha 743 entre outras que veemente criticavam e protestavam contra o sistema opressor.
A grande diferença de Raul está além de seu estilo despojado, supera o homem aparentemente louco criticado pelo consumo excessivo de drogas. Raul se imortalizou pelo estilo próprio, por sua forma única e inteligente de fazer música. Neste deserto de artista de qualidade, nesta carência por músicas que fazem sentido, poucos nomes entraram e entrarão para a história como o nome de Raul Seixas.
Os fãs de Raul são muitos, fãs contemporâneos a ele, privilegiados que viram e ouviram o maluco beleza dar o seu recado. Raul Seixas fez fãs na vida e na morte, é grande o número de pessoas que postumamente se renderam, que reconheceram e aderiram ao Raulseixismo.
Talvez Raul Seixas não seja o modelo ideal a ser seguido; talvez. Talvez também, a sua forma de andar contra a ordem o faça um louco, isso depende do ponto de vista de quem o vê, muitos o consideram um gênio exatamente por ele ser o que foi. Mas com certeza Raul foi e será por longos anos um nome de referencia. 32 anos sem Raul, a música popular sente a sua falta. Viva Raul.
Mateus Brandão de Souza.
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