Liderança da Minoria na Câmara dos Deputados diz que não se
pode desconsiderar uma proposta “justa, solidária e sustentável.”
O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou ao Congresso
nesta terça-feira (21) a proposta do governo Bolsonaro para a reforma
tributária que tem como ponto central a unificação do PIS e Confins com a
criação do novo tributo chamado CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Com a alíquota de 12%, a contribuição foi
muito criticada por representar aumento de carga tributária.
No Congresso, parlamentares da oposição consideraram a
proposta tímida e não toca em pontos considerados fundamentais como a taxação
de grandes fortunas e a divisão de lucros e dividendos. A principal crítica é
que simplificar impostos não é suficiente. Há necessidade de reduzir as
desigualdades no país.
Em nota, a liderança da Minoria na Câmara dos Deputados diz
que não se pode desconsiderar uma proposta “justa, solidária e sustentável”.
Além da taxação dos mais ricos, os parlamentares do bloco defendem a unificação
de tributos e das alíquotas do ICMS. Para o líder José Guimarães (PT-CE), o
projeto de Guedes é insuficiente para enfrentar a crise.
“Essa reforma tributária de Guedes é uma piada! Ricos
pagarão menos impostos com essa alíquota de 20% do IR para todos. Em vez disso,
ele deveria elevar as alíquotas máximas sobre rendas maiores, taxar iates e
jatinhos e os milionários”, disse a deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidenta
nacional do PT.
O líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), defendeu
uma reforma tributária com base em três pilares: simplificação, progressividade
e sustentabilidade. “A tímida proposta entregue hoje pelo governo mal contempla
o primeiro pilar. Cabe agora ao Congresso assumir o protagonismo desse debate
tão urgente”, disse.
“Guedes entregou à Câmara uma reforma tributária em plena
pandemia. O que importa MESMO não é feito, que é taxar as GRANDES fortunas para
garantir uma renda básica ampla. O ministro que propôs R$200 de auxílio
emergencial faz apenas o que interessa aos bancos, não ao povo”, publicou no
Twitter a líder do PSOL na Câmara, Fernanda Melchionna (RS).
Via – Portal Vermelho
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