“Dar fim ao governo criminoso e
racista de Jair Bolsonaro é um requisito essencial para que o país possa
reencontrar o rumo do desenvolvimento com igualdade e justiça social”, afirmam
as entidades
Por André Cintra
As centrais sindicais se somarão
às entidades do movimento negro para celebrar o 20 de Novembro – Dia Nacional
de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra. Em nota divulgada nesta
quinta-feira (18), presidentes das centrais afirmam que a data será um “dia de
luta contra Bolsonaro racista”, numa nova rodada de mobilizações pelo
#ForaBolsonaro.
“A classe trabalhadora brasileira
é negra e, por isso, o movimento sindical irá às ruas em todo o Brasil junto
com a população negra e com todas as pessoas comprometidas com a defesa da
igualdade racial, da vida, da democracia, contra o desemprego, a carestia e a
fome”, afirmam as centrais. “Dar fim ao governo criminoso e racista de Jair
Bolsonaro é um requisito essencial para que o país possa reencontrar o rumo do
desenvolvimento com igualdade e justiça social.”
Confira abaixo a íntegra da nota.
20 de novembro – Dia da
Consciência Negra é dia de luta contra Bolsonaro racista
O Movimento Sindical vai às ruas
no sábado, 20 de novembro, em todo o Brasil, junto com movimentos negro e
populares em defesa da igualdade racial, da vida, da democracia, contra o
desemprego, a carestia e a fome 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, marca
a morte de um dos maiores lutadores contra a escravidão no Brasil, Zumbi dos
Palmares, e passou a ser celebrada pelo Movimento Negro a partir da década de
1960 como uma forma de valorização da comunidade negra e da sua contribuição à
história do país. A data é oficializada pela lei nº 12.519/2011 e marca a
resistência do povo negro contra a escravidão e a luta contra o racismo no
Brasil.
O trabalho de negros e negras
escravizados está na raiz da acumulação capitalista e oligárquica brasileira. A
abolição da escravatura, tardia e inacabada, faz com que o racismo seja uma
característica marcante da estrutura de classes e da sociedade brasileira até
os dias de hoje. A população negra é maioria entre os desempregados e também
entre aqueles nos postos de trabalho mais precários e informais. A periferia
dos grandes centros urbanos marcada pela moradia precária, pela ausência de
infraestrutura social e pela carência de políticas públicas é majoritariamente
negra.
É por isso que o descaso no combate à pandemia, o aumento da fome, do desemprego, a alta geral dos preços e o consequente caos econômico e social pelo qual passa o país impactam, primeiramente e com mais intensidade, à população negra e pobre.
A ação, a inércia e as posições
do presidente da República e de seus aliados reacionários e conversadores
reforçam e apoiam a violência e a hostilidade que discriminam, agridem e matam
corpos pretos todos os dias, ao mesmo tempo em que negam e tornam invisíveis o
caráter estrutural do racismo no Brasil.
Superar o racismo é uma exigência
fundamental para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e
justa. Garantir o direito ao trabalho decente e protegido para a população
negra é um dos caminhos para reparação de uma história de exclusão e desigualdade
e garantia de futuro diferente. Dar fim ao governo criminoso e racista de Jair
Bolsonaro é um requisito essencial para que o país possa reencontrar o rumo do
desenvolvimento com igualdade e justiça social.
A classe trabalhadora brasileira
é negra e, por isso, o movimento sindical irá às ruas em todo o Brasil junto
com a população negra e com todas as pessoas comprometidas com a defesa da
igualdade racial, da vida, da democracia, contra o desemprego, a carestia e a
fome, neste sábado, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
#20NForaBolsonaroRacista
Brasil, 17 de novembro de 2021
Sérgio Nobre, Presidente da CUT
(Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da
Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT
(União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB
(Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente
da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB,
(Central dos Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário
Executivo Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio,
Secretário-geral da Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da
Pública, Central do Servidor
Emanuel Melato, Intersindical Instrumento de Luta
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