Até agora, 1,5 milhão de pessoas morreram na região devido à covid-19 - Barbara Gindl / APA / AFP
Ressurgimento da pandemia deve
elevar total de mortos para 2,2 milhões dentro dos próximos quatro meses.
Redação DW
A Organização Mundial da Saúde
(OMS) afirmou nesta terça-feira (23) que o ressurgimento da pandemia do
coronavírus na Europa causará 700 mil mortes adicionais até março se a
tendência atual se mantiver.
Através de comunicado, a entidade
divulgou a previsão de que os serviços de terapia intensiva estejam sob pressão
alta ou extrema "em 49 dos 53 países que compõem a região europeia até 1º
de março de 2022", quando as mortes acumuladas deverão superar os 2,2
milhões. Até agora, 1,5 milhão de pessoas morreram na região devido à covid-19.
Para a OMS, o aumento de casos na Europa deve-se a vários fatores: o domínio da contagiosa variante delta, a flexibilização de restrições, a queda das temperaturas e o consequente aumento das reuniões em ambientes fechados, e o grande número de pessoas ainda não vacinadas.
Mortes diárias dobraram desde setembro
Segundo dados oficiais, as mortes
ligadas ao coronavírus dobraram desde o final de setembro na Europa, passando
de 2.100 por dia para cerca de 4.200, em média.
"A situação na Europa e na
Ásia Central é muito grave. Estamos diante de um inverno repleto de
desafios", disse o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, pedindo, além
da vacinação, medidas de prevenção, como o uso de máscara, higiene e
distanciamento físico.
"Para conviver com esse
vírus e continuar com nossas vidas diárias, precisamos de uma abordagem que
exceda à vacina. Isso significa receber as doses padrão e um reforço, se
oferecido, mas também incorporar medidas preventivas em nossas rotinas",
ressaltou Kluge.
Segundo a OMS, o uso da máscara
reduz a incidência da doença em 53%. Se seu uso fosse generalizado, mais de 160
mil mortes poderiam ser evitadas até 1º de março, segundo a entidade, que
também recomendou uma dose de reforço da vacina anticovid para aumentar a
eficácia da imunização.
Na Europa, 53,5% da população total já completou o esquema vacinal, mas há grandes diferenças entre os países: enquanto em alguns a taxa não chega a 10%, em outros, ultrapassa os 80%.
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