Neca Setúbal |
Publicado por Luiza Lopes
No DCM
A socióloga Maria Alice Setúbal,
70 anos, a Neca Setúbal, presidente do Conselho da Fundação Tide Setúbal e uma
das herdeiras do grupo Itaú, foi uma das signatárias da carta em defesa da democracia
organizada pela Faculdade de Direito da USP.
Em entrevista ao Estadão, ela
comentou sobre uma possível vitória de Lula nas eleições.
Acredita que o empresariado vai defender o resultado das urnas se elas
derem a vitória ao ex-presidente Lula que, em tese, não é apoiado pelo mercado?
É disso que se trata. Eu fico
muito satisfeita em ver como vários empresários de peso têm assinado de forma
individual a Carta aos Brasileiros e às Brasileiras. Isso é uma demonstração de
que talvez a maior parte dos empresários que têm influência no País, gostem ou
não, vai defender o resultado das urnas. Para mim, essa é uma sinalização
fundamental, porque a sinalização das organizações da sociedade civil já está
dada desde o primeiro dia do governo Bolsonaro. A entrada de grupos
empresariais, de advogados e de juristas nesta defesa é o salto que a gente
precisava. Foi meio tarde, mas em tempo ainda. (…)
Com exceção do presidente Bolsonaro, a senhora vê no discurso dos
demais presidenciáveis a defesa necessária da democracia?
Sim. Lula, Ciro Gomes, Simone
Tebet e Luiz Felipe d’Avila, por exemplo, são contundentes na defesa da
democracia, o que é fundamental. Estamos num momento crucial no Brasil hoje,
por isso considero fundamental esses posicionamentos públicos. É difícil vermos
os empresários brasileiros se manifestando, por exemplo.
É disso que se trata. Eu fico
muito satisfeita em ver como vários empresários de peso têm assinado de forma
individual a Carta aos Brasileiros e às Brasileiras. Isso é uma demonstração de
que talvez a maior parte dos empresários que têm influência no País, gostem ou
não, vai defender o resultado das urnas. Para mim, essa é uma sinalização
fundamental, porque a sinalização das organizações da sociedade civil já está
dada desde o primeiro dia do governo Bolsonaro. A entrada de grupos empresariais,
de advogados e de juristas nesta defesa é o salto que a gente precisava. Foi
meio tarde, mas em tempo ainda. (…)
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