Especialistas estadunidenses descobriram que embaixo da densa atmosfera de metano e hidrocarbonetos que caracteriza Titã, a maior lua de Saturno, existe uma rígida crosta de gelo, informa um artigo divulgado na revista Nature.
Depois de analisar dados enviados pelos instrumentos da sonda Cassini da NASA, que orbita o planeta desde 2004, os pesquisadores observaram que o metano e outros hidrocarbonetos presentes na atmosfera caem em forma de chuva para encher grandes lagos, que se congelam até formar dunas crescentes.
Além disso, existem evidências de um oceano de água líquida, separada da superfície por uma capa de gelo, indica o estudo.
No entanto, as descobertas confundiram os cientistas. "As coisas em Titã já eram difíceis de explicar, mas isto piora ainda mais", indicou Doug Hemingway, geofísico planetário da Universidade da Califórnia, co-autor do estudo, quem acrescentou que "aumenta o mistério de um corpo [celeste] já por si estranho".
Comentou também que as regiões mais altas tinham a gravidade mais baixa. Pensamos que deveríamos revisar nossos conhecimentos da matemática, considerou.
Por outra parte, os especialistas acham que o vento e a chuva de Titã causam a erosão que transporta a massa dos picos das montanhas aos vales inferiores, contribuindo ainda mais com esta aparente conexão inversa entre elevação e gravidade.
Titã é o único dos satélites de Saturno que possui uma atmosfera importante, está composta 94% de nitrogênio, com rastros significativos de vários hidrocarbonetos, incluindo metano, etano, diacetileno, metilacetileno, cianoacetileno, acetileno, propano, junto com dióxido de carbono, monóxido de carbono, cianogênio, cianuro de hidrogênio, e hélio.
Fonte: Prensa Latina
Nenhum comentário:
Postar um comentário