O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse hoje (3) que a votação da reforma trabalhista no plenário da Casa pode ficar para a próxima semana. Jucá não descarta que o tema seja analisado nesta quinta-feira (6), em uma sessão extraordinária, mas disse que, se for necessário fazer um acordo de procedimento com a oposição para garantir mais tranquilidade na votação, ele aceitará fazer a votação na próxima terça-feira (11).
“Não descarto nada, mas acho que se a gente puder construir
um clima para ter um debate civilizado, para ter uma condução em que todos
possam falar e que efetivamente a maioria possa escolher o seu voto com
tranquilidade, é melhor para o país”, disse.
Amanhã os senadores vão votar o requerimento de urgência
para o projeto. Se o requerimento for aprovado, são necessárias ainda duas
sessões de interstício antes da votação. Por isso, para que a reforma seja
votada ainda esta semana, seria necessária a convocação de uma sessão
deliberativa extraordinária na quinta-feira.
Outra questão que precisa ser definida sobre a reforma, além
da data de votação, é qual relatório será apreciado em plenário. O projeto
passou por três comissões e teve aprovados os relatórios de Ricardo Ferraço
(PMDB-ES), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), e do próprio Jucá, na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ambos favoráveis à aprovação sem
modificações em relação ao texto da Câmara. Na Comissão de Assuntos Sociais, no
entanto, foi aprovado voto em separado do senador Paulo Paim (PT-RS), pela
rejeição do projeto.
“O plenário vai escolher qual parecer vai votar. Nós vamos
optar pelo parecer do senador Ricardo Ferraço na Comissão de Assuntos
Econômicos. Essa é uma decisão que será tomada na hora pelo presidente Eunício,
mas a liderança do governo vai defender que seja votado o relatório do senador
Ricardo Ferraço”, disse.
Apesar de confiante sobre a aprovação da reforma, Romero
Jucá não quis arriscar o número de votos favoráveis à matéria no plenário.
“Acho que vamos votar e aprovar com extensa maioria, mas depende da presença
dos senadores, depende do convencimento das discussões. É importante que a
gente possa debater”, disse.
Segundo Jucá, amanhã o PMDB – maior bancada do Senado –
deverá decidir quem será o novo líder do partido na Casa para que ele possa
conduzir os colegas nas votações desta semana.
Via –Dag Vulpi
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