Antropólogos, psicólogos e outros estudiosos das ciências
humanas afirmam que o homem é um fruto do meio; ou seja, o homem como um ser
social é antes de tudo, regrado por um conjunto de leis ou normas dentro de sua
coletividade. Trocando em miúdos, o homem é um ser influenciado pelas idéias e
pelos conceitos de seu meio social.
Alguém da classe dominante dita as regras, mostra o que é
certo e o que é errado, determina o que é ordem ou desordem e o homem do senso
comum digere tudo sem questionar, aceita como certas e ignora que na verdade
está sendo moldado, lapidado para o proveito de alguém, para atender aos
interesses, ao deleite de algum ditador das regras a serem seguidas.
O escritor e poeta paraibano Augusto dos Anjos taxou de fera
o homem inserido no sistema competitivo, onde competir com seu semelhante é uma
forma de manter-se inserido e não à margem da sociedade. Disse ele: “O homem
que neste mundo vive entre feras, sente inevitável necessidade de também ser
fera”.
Neste caso, o homem, apontado pela filosofia como um ser
racional, torna-se tão ou mais irracional do que os outros animais naturalmente
desprovidos de razão.
O homem será exatamente igual ao meio que ele estiver
inserido. Se está entre sapos, se porá de cócoras como os sapos, se estiver
entre as feras, agirá como as feras.
Desta forma, cada um se identifica e forma os seus
sub-grupos dentro da sociedade. “As aves da mesma plumagem andam juntas”.
As aves canoras não estão em meio aos urubus, muito menos as
pombas estão entre as aves de mal agouro.
Assim são os homens como ser social, ele é um fruto do seu
meio, se avaliarmos seu convívio, saberemos muito sobre sua personalidade e seu
comportamento.
Mateus Brandão de Souza - Graduado em história pela FAFIPA
Nenhum comentário:
Postar um comentário