Por DiAfonso
Palavras do Bóris Casoy [transcrição de áudio]:
O fato de as cotas terem sua constitucionalidade avalizada pelo STF não significa que o programa seja correto. Ao contrário, é um erro grave que, a pretexto de compensar crueldades históricas praticadas pelo Brasil escravocatra [sic], acaba incentivando o racismo latente na sociedade brasileira. A questão do acesso à universidade nada tem a ver com cor, raça ou etnia. É uma questão social e econômica, produto do lixo que é o ensino público aqui no Brasil. O que deve determinar ou não a entrada na universidade é, simplesmente, o mérito!
[ver vídeo abaixo]
O âncora Bóris Casoy não tem idoneidade para falar de negro, de racismo, de cotas raciais ou de qualquer tema que esteja relacionado ao respeito pelo outro. Basta lembrar o seu lastimável comportamento no episódio envolvendo honrados trabalhadores. Para quem não se lembra, Bóris teceu comentários humilhantes sobre as sinceras felicitações de Ano Novo, dadas por dois garis [aqui].
Cabe, ainda, ressaltar as contradições na fala do apresentador. Se a questão do acesso à universidade está ligada a fenômenos socioeconômicos e se a educação pública é um lixo [nisso deve concordar com ele, não nesses termos], então por qual razão evocar o MÉRITO para o ingresso no ensino superior? Acaso, as "crueldades históricas praticadas pelo Brasil escravocatra [sic]" a que se refere o jornalista não deixaram um rastro de intolerância e preconceito na alma dos que têm a cor branca - a cor das elites?
A partir das contradições de sua palavras, Bóris apenas ratifica um preconceito que ele mesmo traz dentro de si, como ficou claro no caso dos garis.
Quem sabe um dia - quando o Brasil superar os problemas sociais e de exclusão que ainda precisam ser erradicados - não precisemos mais de cotas para negros, pobres ou quem quer que seja?
Quem sabe, também, não precisemos mais de nefastos seres ancorando um telejornal como Bóris Casoy?
Vamos à luta [Como dizia Gonzaguinha]!
Via TERRA BRASILIS
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