Na terra de Médici, ato público homenageia vítimas da ditadura e denuncia ditador
Um grupo de estudantes, professores, artistas, jornalistas e de outras categorias de trabalhadores promove um ato público nesta quarta-feira (11), às 18 horas, em Bagé, para homenagear a memória dos desaparecidos, torturados e mortos pela ditadura militar. O grupo se reunirá na praça de esportes e dali seguirá até o Clube Comercial, na avenida 7 de setembro, onde será realizado o ato. A escolha do dia, hora e local não é casual. Nesta mesma quarta, às 19h, será lançado no Clube Comercial o livro “Médici, a verdadeira história”, de autoria dos coronéis reformados Claudio Heráclito Souto e Amadeu Deiro Gonzalez.
“Vamos romper o silêncio que paira sobre esta cidade e mostrar aos saudosistas da ditadura que a população de Bagé NÃO tem orgulho dos tempos do Médici, o governo mais nebuloso da história do Brasil! Nosso ato é pacífico, sensibilizador e formativo. Todos que quiserem somar nessa manifestação ou procurar esclarecimentos podem nos encontrar durante a manifestação” dizem os organizadores.
Contra a visão da história apresentada pelos militares aposentados, os manifestantes pretendem chamar a atenção para a memória dos presos políticos, dos desaparecidos e mortos pela ditadura do Médici. Além disso, querem “chamar a atenção da população bageense, que convive silenciosamente com esse câncer histórico, para a importância da abertura dos arquivos da ditadura e pelo julgamento dos torturadores”. “A abertura dos arquivos da ditadura corresponde a um direito que as pessoas têm de saberem do paradeiro de seus familiares, aqueles que se opuseram ao regime militar em defesa da justiça e da liberdade”, acrescentam.
Marco Aurélio Weissheimer
Via TERRA BRASILIS
Nenhum comentário:
Postar um comentário