Já era de se esperar:
Do sítio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná:
Nesta quarta-feira (4), mais 25 trabalhadores da E-Paraná (nome fantasia para a Rádio e Televisão Educativa do Paraná) foram demitidos pela gestão do governador Beto Richa (PSDB).
Desde o início de 2011, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) tenta, em vão, dialogar com o governo Beto Richa. O sindicato foi por quatro vezes até o secretário Marcelo Cattani (Comunicação Social) para tentar resolver essa questão.
O Sindijor-PR exige que o governo do Paraná assuma sua responsabilidade e promova concurso público para ocupar as vagas (cerca de 150) de jornalistas para atuar em ambas as emissoras públicas do Paraná.
O último concurso que contratou pessoal para a RTVE aconteceu ainda no século XX - lá se vão mais de vinte anos. É impossível haver uma comunicação pública de qualidade sem que haja um quadro de profissionais equivalente a tamanha responsabilidade.
Ao invés disso, o secretário, e, por extensão, o governador, adotaram uma série de práticas no mínimo questionáveis como, por exemplo: 1) Demitiram quem tinha o nome supostamente ligado ao governo anterior; 2) Demitiram outros 40 trabalhadores ao romper um convênio entre RTVE e a Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar), para fornecimento de pessoal - a fundação da UFPR realizou teste seletivo e forneceu a mão-de-obra especializada à emissora; 3) Recontrataram as mesmas pessoas demitidas da Funpar pagando cachê.
Como pode o poder público agir com tal irresponsabilidade? O Sindicato dos Jornalistas exige que seja aberto imediatamente um canal de diálogo com o governo Beto Richa para que seja esclarecida a situação na RTVE/E-Paraná e apresentado um calendário para a realização do concurso público e preenchimento das vagas.
Um meio de comunicação complexo como uma emissora de televisão, ou emissora de rádio, precisa de profissionais em grande número e conhecimento técnico para cumprir sua função social. Meios como rádio e TV precisam de jornalistas e radialistas para colocá-los no ar e manter uma programação de qualidade.
Não à terceirização! Não à exploração dos trabalhadores via cachê! A televisão e a rádio públicas do Paraná são patrimônio do povo, e o Sindijor-PR exige que assim sejam tratadas. Com responsabilidade e qualidade na gestão da coisa pública.
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