Uma celebração ecumênica na manhã desta terça-feira (21), a partir das 9 horas, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), marcará a passagem do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. O encontro vai reunir autoridades de diversas denominações religiosas, em defesa da paz e da boa convivência religiosa.
O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi criado em 2007, pelo projeto de Lei do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA). |
O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi criado em 2007, pelo projeto de Lei de autoria do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), aprovado na Câmara dos Deputados e sancionado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lei foi inspirada em outra de autoria da então vereadora de Salvador, Olívia Santana (PCdoB).
O dia 21 de Janeiro marca a data da morte da yalorixá Gildásia dos Santos, conhecida como Mãe Gilda. A líder religiosa passou por uma série de complicações após ter sido atacada pelo jornal Folha Universal da Igreja Universal do Reino de Deus, em 1999, vindo a falecer no ano seguinte.
Na matéria, a yalorixá foi tratada como “charlatã” e “macumbeira”. Após o ocorrido, a família da vítima encampou uma luta jurídica em busca de punição para os culpados, obtendo êxitos e enfrentando alguns revezes, como a redução do valor inicialmente fixado para a indenização. O caso se tornou um emblema da luta contra a intolerância religiosa.
Caráter cultural
Com o tema “Basta de Intolerância, diga sim à convivência pacífica entre as religiões”, o evento, que também terá caráter cultural, contará com a presença de corais e performances de diferentes grupos religiosos, além das cantoras Margareth Menezes, Márcia Short e Carla Visi, e do cantor Gerônimo.
Durante a celebração, a Fundação Cultural Palmares e a Fundação Gregório de Mattos assinarão o protocolo de intenções para instalação do Busto em Homenagem a Mãe Gilda.
O ato é organizado por diversas entidades do movimento negro, entre elas a Unegro, o Coletivo de Entidades Negras (CEN), o bloco afro Reconvexo, o Centro de Educação e Cultura Popular (Cecup), o deputado federal Daniel Almeida e a ex-vereadora Olívia Santana. E conta com o apoio da Fundação Cultural Palmares, das secretarias de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia (Setre), e da UFBA.
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