Segundo o estudo da Secretaria Estadual da Saúde,
inicialmente, não há relação entre os casos registrados por zika e microcefalia
no Paraná, visto que até o momento sete ocorrências foram confirmadas e nenhuma
diz respeito a gestantes ou bebês.
Criança com microcefalia |
CURITIBA - O Governo do Paraná apresentou, quinta-feira em Curitiba, um panorama geral da situação da zika e da microcefalia no Estado.
O tema foi pautado na reunião da Comissão Estadual de
Infectologia, que tratou do decreto de situação de emergência nacional em saúde
pública, devido ao surto de ambas as doenças na região Nordeste do país.
Segundo o estudo da Secretaria Estadual da Saúde,
inicialmente, não há relação entre os casos registrados por zika e microcefalia
no Paraná, visto que até o momento sete ocorrências foram confirmadas e nenhuma
diz respeito a gestantes ou bebês.
Além disso, ao avaliar a série histórica dos casos de
microcefalia no Estado, constatou-se que não houve aumento no número de
ocorrências em 2015. De janeiro até agora, quatro crianças foram diagnosticadas
com a doença. Em 2014, por exemplo, foram nove casos.
De acordo com o diretor-geral da Secretaria da Saúde,
Sezifredo Paz, o momento é de reforçar o monitoramento dessas doenças e
organizar uma retaguarda de atendimento para possíveis casos suspeitos.
“Estamos em alerta e acompanhando de perto os desdobramentos
da situação no Nordeste. Apesar do Paraná ainda não ter sido afetado
diretamente, é preciso que estejamos preparados para qualquer adversidade”,
ressaltou.
Cruzando os dados de diversos sistemas de informação, o
governo estadual identificou ainda que, entre 2009 e 2015, nenhum bebê com
microcefalia nasceu de gestante com histórico de dengue, zika ou febre
chikungunya. A análise foi expandida porque as três doenças têm sintomas
parecidos e poderiam ter sido confundidas na hora do diagnóstico.
Dos sete casos zika existentes até agora, apenas dois são
autóctones (quando a infecção ocorre dentro do próprio Estado). Trata-se de um
casal de moradores de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Estado, que manifestou
os primeiros sintomas da doença no mês de maio e que não haviam saído da
cidade.
Os outros cinco casos são importados, ou seja, pessoas que
se infectaram em Maceió (Alagoas) e Recife (Pernambuco) e foram atendidos no
Paraná. Esses números foram divulgados durante uma coletiva de imprensa após a
reunião da Comissão Estadual de Infectologia.
Uma das ações anunciadas foi a criação de um grupo de
trabalho, com representantes do poder público e de sociedades médicas, para
acompanhar a situação no país e auxiliar o Estado na elaboração de um protocolo
próprio para orientar a conduta dos profissionais e serviços de saúde.
“Todas as medidas estarão em consonância com o que preconiza
o Ministério da Saúde, mas levarão em conta as particularidades da população
paranaense e da rede de serviços disponíveis no Estado”, destacou Sezifredo.
Outra medida anunciada diz respeito à prevenção da zika. A
forma de transmissão da doença é a mesma da dengue e da chikungunya e por isso
o foco é eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti. “O inimigo a gente
já conhece. Contudo, agora existe uma tríplice ameaça. Com a chegada do verão,
a preocupação só aumenta”, ressaltou a superintendente de Vigilância em Saúde,
Eliane Chomatas.
O Governo do Estado já está elaborando uma nova campanha de
informação para mobilizar a população em torno do combate ao mosquito. A
intenção é justamente alertar os paranaenses sobre a importância de se eliminar
todo e qualquer recipiente que possa acumular água e se tornar um local ideal
para a reprodução do mosquito.
Via - Diário do Noroeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário