Os prefeitos de Diamante do Norte, Nova Londrina e Itaúna do Sul mostram preocupação com o projeto, que caso saia do papel, irá retirar uma boa parcela do trânsito de caminhões da PR-182, o que geraria desemprego e queda na economia dessas cidades.
Professor de economia João Carlos Leonello expondo o projeto para os gestores municipais |
O projeto de integração entre os estados do Paraná e Mato
Grosso do Sul, via BR-376, voltou a ser tema de discussão durante reunião ontem
da Amunpar (Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense).
O professor de Economia da Unespar/Campo Mourão, João Carlos
Leonello, expôs aos gestores municipais o projeto que já havia sido apresentado
ao governador Beto Richa e secretários, a duplicação da BR-376 a partir de
Paranavaí até o Estado vizinho.
“É um projeto de médio a longo prazo que deve desenvolver
todas essas regiões por onde a rodovia irá passar”, disse Leonello.
A iniciativa para elaboração do projeto de integração entre
os dois estados partiu da Sociedade Civil Organizada de Paranavaí e região.
Para Demerval Silvestre, um dos representantes da sociedade, com a integração
entre os dois estados vizinhos o Noroeste do Paraná passará a ter papel
importante na economia do Paraná.
“Vários empresários já estão de olho nos benéficos da
duplicação das rodovias, tem até multinacional acompanhando o projeto”, disse
Demerval.
Os prefeitos de Diamante do Norte, Nova Londrina e Itaúna do
Sul mostram preocupação com o projeto, que caso saia do papel, irá retirar uma
boa parcela do trânsito de caminhões da PR-182, o que geraria desemprego e
queda na economia dessas cidades.
“Não seria mais viável investir na PR-182, por onde passam
diariamente aproximadamente 1,2 mil caminhões, é uma pista simples sem
acostamento em muitos trechos”, disse o prefeito Daniel Domingos, que questiona
ainda que não houve audiências públicas para definir o projeto.
O prefeito Vico, de Nova Londrina enfatizou que esteve
recentemente em Brasília, onde não consta nada sobre o projeto de integração e
duplicação dos trechos da BR-376, até a cidade de Nova Londrina; da PR-577, de
Nova Londrina ao Porto São José e na MS-473, entre o Porto São José até a
cidade de Taquarussu, no Mato Grosso do Sul prevista no projeto.
“Para colocar em prática o projeto tanto a PR-577 como a
MS-473 teriam que ser federalizadas, e não há nada relativo a isso no
Ministério dos Transportes”, disse Vico.
O projeto apresentado aos gestores envolvem 95 quilômetros
de rodovias, com construção de uma ponte sobre o Rio Paraná no Porto São José,
a duplicação de rodovias e a construção de novos acessos às cidades ao longo da
rodovia. O projeto está orçado em R$ 850 milhões.
Via - Diário do Noroeste
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