Segundo a liga das escolas, que destacam benefícios
econômicos do carnaval carioca, corte de 50% dos recursos "tornará os desfiles
inviáveis de serem feitos com a mesma qualidade com que estavam sendo
produzidos."
Considerado um dos maiores espetáculos da Terra, desfile das escolas de samba do Rio estão sob risco, na gestão de Marcelo Crivella |
Por Agência Brasil
Rio de Janeiro – As escolas de samba do Grupo Especial da
Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) divulgou uma nota no final da
noite de quarta-feira(14), no página da liga no Facebook, em que comunica a
decisão de que não haverá desfiles das escolas do grupo especial do Rio de
Janeiro no carnaval de 2018 após a decisão do prefeito do Rio, Marcelo Crivella
(PRB), de cortar pela metade os recursos da subvenção destinados às escolas de
samba.
A decisão da Liesa foi tomada durante uma reunião na sede da
entidade com a participação de presidentes das escolas de samba. Segundo a
nota, presidentes das escolas de samba e a Liesa aguardam o agendamento de uma audiência já
solicitada para tentar "encontrar uma solução para o problema".
Na nota, a Liesa destaca os "benefícios econômicos,
financeiros, de geração e renda, além da valorização da imagem da cidade do Rio
de Janeiro e do Brasil" e o aumento substancial da arrecadação de impostos
e receitas diretas e indiretas "proporcionadas durante o período de
preparação e realização dos desfiles carnavalescos".
Segundo a Liesa, o corte de 50% dos recursos "trará
graves consequências para produção do espetáculo" e tornará os desfiles
inviáveis de serem feitos com a mesma qualidade com que estavam sendo
produzidos. A entidade também destacou
que Crivella, enquanto candidato, visitou a sede da Liesa e firmou um
compromisso de manter o subsídio aos desfiles, com perspectiva de aumentar os
recursos.
Prefeitura
Crivella divulgou, na segunda-feira (12), a decisão do corte
e informou que os recursos destinados às escolas de samba seriam transferidos
para aumentar o repasse de manutenção de creches conveniadas com o município.
De acordo com a prefeitura, as agremiações receberam cerca de R$ 24 milhões
para os desfiles de 2017, e, agora, 50% do valor serão revertidos para melhorar
a alimentação e o material escolar das crianças.
Quando a decisão foi divulgada, a prefeitura garantiu que o
remanejamento não significa que as escolas de samba ficariam sem recursos. A
ideia oficial é fazer investimentos diretamente nas agremiações por meio do
Conselho de Turismo com a utilização de um fundo setorial ou por cadernos de
encargos.
Via - Rede Brasil Atual
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