Todo poeta já foi poema, poema de amor escrito ou dito nos
lábios de alguém que por ele chorou. E todo poema já foi a um poeta que sem
saber, ao menos, rimar palavras, combinou sentimentos a ponto de alegrar o
coração e doer a alma. Porque a alma, geralmente, sente mais que o corpo
cansado. A alma que ninguém nunca viu, mas que todo mundo já sentiu se
contorcendo debaixo dos ossos sem rumo, perdida.
Toda mágoa já foi amor. Qualquer tipo de amor que ficou em
algum tempo, com alguma palavra ruim que, com toda certeza, perturbará quem a
escutou quietinho, calado, sozinho, por toda a vida.
E toda solidão já esteve acompanhada, mas não fez questão de
manter-se ali, pertinho, o amor do poeta
que já foi poema, que se magoou!
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