Quando se perde a confiança em alguém, de fato esta
confiança estará para sempre arruinada, não haverá eficácia nem recurso capaz de restitui-la,
será como nódoa indelével em lençol branco. Assim como o gato escaldado que por
medo, evita a água ainda que ela esteja fria, aquele que traiu despertará no
traído, o mesmo receio do felino pela água.
Até onde vai a honestidade de um ser humano? Por que será
que a honestidade é tão vulnerável às tentações? Onde estarão os justos pelos
quais deveríamos confiar? Por onde andam aqueles que não se deixarão levar
pelas seduções do vil metal e pela grandeza de seus egoísmos?
Por que céus, a carne é mais forte que a consciência? Pela
vulnerabilidade destes humanos que em vão querem posar de imaculados, é que
perecemos. É por isso que presenciamos, lemos e ouvimos sobre práticas humanas
que assolam uma sociedade.
É devido aos corruptíveis tomados pelo câncer do egoísmo é
que a base da pirâmide social sofre as consequências de atos falhos, praticados
por uma tripulação voltada aos interesses somente daqueles que estão inseridos
dentro de um estreito círculo composto de aves de uma só plumagem.
Quem está à margem desta ilha onde alguns tiram benefício
próprio, é toda uma sociedade, esta sociedade pois, estagna-se na mediocridade
do descaso e amarga as péssimas condições de sobrevivência que lhe é imposta.
Quantos horrores esperam uma sociedade fustigada pela
desatenção de suas necessidades mínimas...
Quem nos livrará das laçadas daqueles que agem de má fé? das
práticas intencionais feitas por quem ao contrário, deveria suprir aos anseios
sociais?
Porém, quem deveria nos assistir, assiste aos seus próprios
caprichos e aos caprichos de uma minoria tida como privilegiada por estar
inserida na parte interior de seu estreito círculo.
Até quando triunfarão os ímpios?
Até onde seremos vítimas de arapucas armadas nas surdinas
por aqueles que destroem nossa dignidade?
Conclamo em alto e bom som, Povo, Povo, acautelai-vos e
uni-vos pelos seus propósitos, pois os usurpadores da nossa dignidade, a muito
estão unidos, zelando pelos propósitos que só interessam a eles.
Pensemos nisso... Unidos venceremos.
Mateus Brandão de Souza, graduado em História pela FAFIPA.
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