Via - Paleontologia 2020 - Foto ilustrativa |
A existência de assentamentos
humanos que datam da transição do Pleistoceno ao Holoceno, há cerca de 13 mil
anos, foi detectada em escavações realizadas por cientistas da Universidade de
O'Higgins.
As evidências científicas
permitiriam confirmar hipóteses sobre os modos de vida dos primeiros humanos no
Chile e a extinção da megafauna presente no local, tornando-se um dos mais
importantes sítios arqueológicos do continente, abrindo novas perspectivas para
a pesquisa científica mundial.
As obras fazem parte do projeto
'Milenar Tagua Tagua' que desenvolve escavações e recolha de fósseis na antiga
lagoa Tagua Tagua, extensa zona arqueológica de grande importância, localizada
a 140 quilômetros desta capital.
Erwin González, paleontólogo e
pesquisador da Universidade de O´Higgins, explicou que as evidências de um
assentamento precoce tornam Tagua Tagua um laboratório natural excepcional para
a pesquisa científica mundial.
O local possui 'a maior
biodiversidade animal do Pleistoceno no Chile, o que permitiu à lagoa se
posicionar como um grande ecorrefúgio para o homem, pelo menos por mais de 13
mil anos', explica a pesquisadora.
O vice-reitor da citada
universidade, Marcello Visconti, destacou que os estudos no local podem
responder a uma infinidade de perguntas porque contém informações valiosas
sobre o nosso passado, que podem explicar o presente e projetar o futuro.'
Por sua vez, Rodrigo Verschae,
diretor do Projeto Associativo Explora O´Higgins, destacou que a equipe tem a
importante responsabilidade de tornar visível a continuidade de um trabalho que
vem sendo realizado há mais de 70 anos, iniciado por grandes pesquisadores como
Ignacio Domeyko, Lautaro Núñez e Julio Montané.
Nos próximos meses, a fase de
análise de evidências começará em laboratórios da Pontifícia Universidade
Católica e outros centros de pesquisa nos Estados Unidos, Espanha e Nova
Zelândia, graças a acordos de colaboração científica.
Essa equipe de arqueólogos, paleontólogos, geólogos e biólogos dá continuidade às primeiras investigações iniciadas na década de 1960, que hoje avançam neste projeto liderado pela Universidade de O´Higgins, em colaboração com outros centros superiores do país e o apoio de entidades públicas e privadas.
Via – Prensa Latina
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