A derrota de Donald Trump nas urnas nos Estados Unidos levou o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a se sentir inseguro e a reavaliar a estratégia a seguir com vistas à sua possível reeleição nas eleições de 2022.
Após o retumbante fracasso de seu
ídolo, o ex-militar brasileiro começou a se inquietar com a perda de território
eleitoral em favor de políticos de centro ou de esquerda.
Ele comentou que a vitória do
democrata Joe Biden é um claro sinal de alerta para os conservadores.
Ao colapso do candidato
republicano se juntariam outros recentes da direita sul-americana, como nas
votações realizadas na Argentina e na Bolívia.
Em público e em intercâmbios com
apoiadores nas redes sociais, Bolsonaro admitiu temer que algo semelhante possa
acontecer no Brasil.
'Não sei se serei candidato à
reeleição, ainda há um longo caminho a percorrer até 2022', disse o ex-capitão
do Exército após anunciar que Biden é o 46ú presidente da nação do Norte.
O governante ultradireitista
pediu aos brasileiros que não parassem de votar nas eleições municipais de 15
nov e pediu para não 'desperdiçar o voto'.
O ex-chanceler Celso Amorim
previu que o isolamento internacional do Brasil aumentará com a chegada do
democrata à Casa Branca.
Ao mesmo tempo, denunciou que a
'submissão total' do atual governo a Trump trouxe 'grandes prejuízos' ao seu
país e citou como exemplo as convulsivas relações com a China.
Além disso, nas organizações
internacionais, o gigante sul-americano se afastou dos países em
desenvolvimento, preferindo atuar como guardião dos interesses dos Estados
Unidos.
O presidente brasileiro é
conhecido como 'o Trump tropical' por sua retórica violenta e abuso das redes
sociais em detrimento da imprensa tradicional.
Para analistas, o resultado das
eleições nos Estados Unidos marcará o rumo dos dois anos e dois meses que
Bolsonaro deixou no poder, que percorrerá passos muito incertos para uma
desejada reeleição.
mem / dfm / ocs
(Retirado do Orb)
Via - Prensa Latina
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