De cada dez prefeitos eleitos no
primeiro turno das eleições municipais realizadas no domingo no Brasil, apenas
três são negros hoje, informou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O relatório do TSE apontou ainda
que, dos mais de 5.400, cerca de 1.700 candidatos se declaram pretos ou pardos,
o que corresponde a 32,1% do total.
Há quatro anos, nas eleições
municipais de 2016, 29,2% dos prefeitos eleitos no primeiro turno eram negros.
Isso significa que houve um
pequeno aumento no número de votos dos executivos municipais.
O portal de notícias G1 garante
que as eleições deste ano tiveram a maior proporção e número de pretendentes
negros cadastrados pelo TSE.
Pela primeira vez desde que o
tribunal começou a coletar informações sobre raça em 2014, os candidatos
brancos não representam a maioria dos candidatos a cargos eletivos.
Apesar desses números, a
representação dos negros ainda é insuficiente, ainda mais quando 56,2% dos
brasileiros são dessa raça. Os outros 42,7 são classificados como brancos.
Essas taxas são muito diferentes
das proporções que aparecem entre os prefeitos eleitos: há muito mais brancos
(67%) e muito menos negros (32,1).
Em outubro, o movimento negro
mineiro (sudeste) criou uma candidatura coletiva chamada Nigéria para
apresentá-la nas eleições municipais e enfrentar o racismo que prevalece no
Brasil
'Há um apartheid que separa brancos e negros nos espaços de poder no Brasil e em Minas', denunciou o pretendente ao vereador Alexandre Braga, que pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) concorreu a uma vaga na Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte, capital da divisão territorial.
Explicou que 'o mais natural é
chegar a uma Câmara Legislativa e não ver um deputado negro, e é com o objetivo
de mudar essa realidade que foi criada a Nigéria', nome de um país africano de
onde vinha a maior parte dos escravos negros para o gigante sul-americano.
mem/ocs/bj
Via – Prensa Latina
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