A representação das Nações Unidas no Brasil denunciou as dimensões do racismo que prevalecem hoje no país, após a morte do negro João Alberto Silveira Freitas, que foi espancado até a morte por dois seguranças brancos.
Análises iniciais garantem que,
devido ao espancamento de cinco minutos, Silveira Freitas morreu sufocado na
noite de quinta-feira em um supermercado do Carrefour em Porto Alegre, capital
do Rio Grande do Sul.
Uma testemunha registrou o ataque
em um celular e as imagens aparecem nas redes sociais. Os dois agressores, um
de 24 e outro de 30, foram presos no local.
Em nota pública, a ONU expressa
solidariedade à família de Silveira Freitas.
Ele garante que 'a morte violenta
do homem, às vésperas da data em que se comemora o Dia da Consciência Negra (20
de novembro) no Brasil, é um ato que evidencia as várias dimensões do racismo e
das desigualdades existentes no Brasil. a estrutura social brasileira '.
Ele ressalta que 'dados oficiais
indicam que, a cada 100 homicídios no país, 75 são de negros'.
Insiste em que o debate sobre a
eliminação do racismo e da discriminação é, portanto, 'urgente e necessário, e
que dele participe todo e qualquer agente da sociedade, inclusive o setor
privado'.
No comunicado, o organismo
internacional apela 'às autoridades brasileiras' para que garantam uma
investigação completa e rápida do caso, e que haja 'punição adequada aos
responsáveis', 'reparação integral à família da vítima' e 'adoção de medidas
para evitar que situações semelhantes voltem a acontecer. '
A ONU Brasil convida todos os
integrantes do gigante sul-americano a participarem ativamente da construção de
uma sociedade igualitária e livre de racismo. 'A vida dos negros é importante e
não pode ser deixada para trás', destaca.
O crime de Silveira Freitas, às
vésperas do Dia Nacional da Consciência Negra, gerou protestos em várias
cidades.
Segundo Roberta Bertoldo, do
segundo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre, os dois
agentes de segurança do mercado serão acusados de triplo homicídio, por
motivos inúteis e por não darem oportunidade à vítima de se defender.
Neste sábado, o soldador de 40
anos foi enterrado em uma breve cerimônia e uma bandeira azul de seu clube de
futebol favorito, o São José, foi estendida sobre seu caixão.
Via – Prensa Latina
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