O general reformado Pedro Barneix, acusado de violações aos
direitos humanos durante a ditadura uruguaia (1973-1985), foi agredido nesta
quarta-feira por um filho de Aldo Perrini, morto após sofrer torturas há 38
anos, informou a imprensa local.
Barneix e outros três militares reformados, o coronel
Washington Perdomo, o capitão José Baldean e o tenente José Puigvert,
apresentaram-se no escritório da juíza penal Mariana Mota, que lhes comunicou
que a promotora Ana María Telechea solicitou a prisão dos quatro por violações
aos direitos humanos.
Quando o general reformado saía do tribunal, foi abordado
por um filho de Perrini que o acusou de ter assassinado seu pai e lhe deu um
soco, de acordo com as imagens mostradas por um noticiário do Canal 10.
A investigação aponta que Barneix, Puigvert e Baldean
participaram dos interrogatórios em que Perrini foi assassinado, enquanto
Perdomo era o subchefe do Batalhão de Infantaria número 4, no departamento de
Colônia, onde Perrini foi detido, torturado e morto.
A vítima era um comerciante que apoiava a Frente Ampla -
atualmente participante da coalizão do Governo de esquerda -, mas sem vínculos
com grupos subversivos.
Aldo Perrini foi detido em fevereiro de 1974, oito meses
após o golpe de Estado, e morreu depois de poucos dias. Com a chegada da
esquerda ao governo, em 2005, a Justiça recebeu sinal verde para investigar as
violações aos direitos humanos durante a ditadura, e vários militares
reformados, entre eles o ex-ditador Gregorio Álvarez, foram processados e
presos
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