Morre aos 100 anos última tartaruga gigante de Galápagos
Brasília - "George Solitário", o último
sobrevivente da subespécie Chelonoidis nigra abingdoni, das tartarugas gigantes
que dão nome às ilhas Galápagos, do Equador, foi encontrado morto neste domingo
no Parque Nacional Galápagos (DPNG). Um comunicado da DPNG assinala que o
guarda do parque Fausto Llerena, que cuidava da tartaruga, descobriu na manhã
desta segunda que o animal não se movimentava e "ao verificar se deu conta
que não tinha sinais vitais".
George Solitário foi encontrado morto nesta segunda-feira
"O corpo do quelônio estava em uma posição como se
tivesse indo para o bebedouro de água", detalhou a DPNG, ao apontar que as
possíveis causas de sua morte, único sobrevivente da espécie da ilha Pinta,
serão conhecidas após autópsia. O corpo do "George Solitário" - cuja
idade exata é desconhecida, mas "se estima que passasse dos cem
anos", segundo a DPNG - está no momento em uma câmara frigorífica para
evitar sua decomposição.
A tartaruga era oriunda da ilha Pinta, a mais setentrional
das Galápagos, e foi resgatada em 1972 por um grupo de caçadores dedicados a
erradicar as cabras, uma espécie introduzida pelo homem que dizimou o habitat e
levou as tartarugas gigantes dessa ilha à beira da extinção.
Desde então, George tinha sido parte do programa de criação
em cativeiro da DPNG. Foram realizadas diferentes iniciativas para a
reprodução, inicialmente com fêmeas da espécie do vulcão Wolf da ilha Isabela,
com as quais conseguiu acasalar após 15 anos de convivência, mas os ovos não
foram férteis.
Posteriormente foram colocadas em seu curral fêmeas da
espécie da ilha Española, geneticamente mais próximas, com as quais estava até
agora. Edwin Naula, diretor da DPNG, mencionou que para no próximo mês será
feita uma oficina internacional para elaborar a estratégia de manejo das
populações de tartarugas para os próximos dez anos, com o propósito de
conseguir sua restauração.
"A oficina será realizada em honra de 'George
Solitário'", informou a DPNG, ao apontar que "seu legado será um
maior esforço em pesquisa e gestão para restaurar a ilha Pinta e todas as
outras povoações de tartarugas gigantes de Galápagos".
As Ilhas Galápagos devem seu nome às grandes tartarugas que
a habitam e suas reservas terrestre e marinha contêm uma rica biodiversidade,
considerada como um laboratório natural, que permitiu ao cientista britânico
Charles Darwin desenvolver sua teoria sobre a evolução e seleção natural das
espécies.
O arquipélago de Galápagos fica a cerca de mil quilômetros
do litoral continental equatoriano e foi declarado em 1978 como Patrimônio
Natural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco).
As informações são da EFE - Via O Dia http://odia.ig.com.br/portal/mundo/morre-aos-100-anos-%C3%BAltima-tartaruga-gigante-de-gal%C3%A1pagos-1.455915
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