A nova tarifa residencial da Copel entra em vigor no dia 24
e é válida por 12 meses. Algumas indústrias sofrerão aumentos
Na Gazeta do Povo
Torres de transmissão da Copel: a estatal, que atende 393
dos 399 municípios do estado,
sofrerá uma redução de 0,65% em sua tarifa média. Retorno das operações da empresa ficará menor
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A conta de energia dos paranaenses vai ficar mais barata a
partir do dia 24. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem
uma redução de 4,11% no valor da tarifa de baixa tensão, destinada aos
consumidores residenciais. Na média, considerando todas as classes de consumo,
também houve redução, de 0,65%. O procedimento faz parte da revisão tarifária
da Companhia Paranaense de Energia (Copel), que ocorre a cada quatro anos. As
novas tarifas são válidas por 12 meses.
A redução média é ligeiramente inferior à proposta inicial
da agência, de 0,85%, e que foi discutida em audiência pública no mês de abril.
O valor também não corresponde às previsões da Associação Brasileira de
Consumidores de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), que, com base em
cálculos próprios, estimava uma queda de 2% na tarifa média da Copel,
atualmente de R$ 309,26 por megawatt-hora.
A queda deste ano segue a estratégia da Aneel de reduzir a
rentabilidade das empresas do setor elétrico, diminuindo o retorno sobre o
capital. Para Fernando Umbria, assessor da diretoria da Abrace, embora o
resultado não tenha ficado dentro do esperado, gerou um efeito positivo. “Mesmo
que o valor não tenha atingido a expectativa, estamos satisfeitos. Vamos
avaliar a documentação oficial e, caso seja diagnosticada alguma inconsistência,
iremos nos manifestar”, afirma.
A cada ano a Aneel realiza reajustes tarifários e ao final
de um ciclo de quatro anos é realizada a revisão, quando é analisada a
estrutura de custos das empresas e suas receitas, reposicionando o nível das tarifas.
Esse é o terceiro ciclo desde 1999, quando as concessionárias assinaram
contrato com o órgão regulador.
Desde 2010 os consumidores domésticos vinham arcando com
acréscimos nas tarifas. Naquele ano, quando Orlando Pessuti assumiu o governo
estadual, foi encerrada uma política de descontos, criada na gestão de Roberto
Requião, que isentava o pagamento do reajuste caso a conta fosse paga em dia.
Com isso, de uma tacada o consumidor teve de pagar os reajustes represados nos
anos anteriores, o que elevou a tarifa em mais de 15%. Em 2011 foi aprovada uma
nova alta, de 3,16%.
Além da classe residencial, a tarifa ficou mais barata para
alguns setores da indústria, que poderão pagar até 4,89% menos. Mas para
algumas categorias o custo vai subir até 7,94% de alta. Procurada para comentar
as mudanças, a Copel – que atende 393 dos 399 municípios do estado – afirmou
que só vai se manifestar após a publicação oficial da decisão, que deverá
ocorrer no dia 24. Em ocasiões anteriores, a empresa admitiu que a tarifa poderia
cair, mas disse aguardar uma redução de até 0,5%.
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