O mercado financeiro jogou a toalha quanto ao desempenho da
economia para este ano. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central –feito com
base em pesquisa realizada com com instituições e gestores do mercado– a
projeção para o PIB rompeu a barreira do 1% e caiu para 0,93%. Esta é a 16ª
semana de queda consecutiva e indica que o país pode fechar o exercício em
recessão, uma vez que os economistas já não descartam uma redução do PIB ao
final de 2019.
Avaliação vem na esteira de uma taxa de desemprego que ,
segundo o IBGE, elevou para 28,4 milhões o número de trabalhadores
subutilizados no Brasil no trimestre encerrado em abril, número recorde na
história do país. A taxa de desemprego no período foi de 12,5%, atingindo 13,2
milhões de pessoas, alta de 4,4% sobre o trimestre anterior.
Para a inflação, a alta passou de 3,89% para 3,84%, de 3,89
com os investidores avaliando que este índice deverá chegar a 4% em 2020. A
inda segundo o mercado, a taxa básica de juros, a Selic, deverá chegar ao final
deste exercício em 5,75%, contra 6,5% estimados anteriormente.
Leia mais na reportagem da Agência Reuters:
Reuters - O mercado reduziu com força a expectativa para a
taxa básica de juros neste ano após 18 semanas de estabilidade, ao mesmo tempo
em que passou a ver crescimento econômico abaixo de 1% em 2019 pela primeira
vez.
A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta
segunda-feira mostrou que a estimativa agora é de que a taxa básica Selic
termine este ano a 5,75%, uma forte redução ante estabilidade no atual patamar
de 6,5% vista antes.
O cenário para 2020 também apresentou redução na estimativa
para os juros, a 6,5% de 7% no levantamento anterior.
Com isso, as perspectivas para o mercado como um todo se
alinham às do Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, que também baixou
a conta para a Selic este ano a 5,75%, de 6,5%, mantendo a perspectiva para
2020 em 6,5%.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas apontou ainda
que a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano
caiu a 0,93%, de 1% antes, no 16º corte seguido. Para o próximo ano caiu 0,03
ponto percentual, a 2,20%.
Para a inflação, a alta do IPCA em 2019 passou a ser
calculada em 3,84%, de 3,89% antes, com os investidores mantendo a expectativa
de avanço de 4% no próximo ano. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25 por
cento e, de 2020, de 4 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto
percentual para mais ou menos.
Por Camila Moreira
Via Brasil 247
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