São Paulo – O mercado de trabalho segue acentuadamente
frágil. A taxa de desemprego no país manteve-se alta no trimestre encerrado em
maio, 12,3%, “estatisticamente estável” tanto em relação ao trimestre
anteriores como a igual período de 2018, segundo informou hoje (28) o IBGE. O
número de desempregados é estimado em 12,984 milhões, praticamente no mesmo
nível, com menos 206 mil em um ano (-1,6%). Mas os resultados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostraram alguns recordes
negativos.
Em 12 meses, são 2,361 milhões de ocupados a mais (2,6%). A
maior parte continua sendo de trabalhadores por conta própria, acréscimo de
1,170 milhão (5,1%), e de empregados sem carteira (372 mil), com crescimento de
3,4%. O ritmo de alta do emprego com carteira no setor privado é bem menor, de
1,6% (521 mil). Em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, só o emprego
sem carteira e autônomo cresceu. O total de trabalhadores por conta própria
bateu recorde, atingindo 24,033 milhões.
A chamada subutilização da força de trabalho, que inclui
pessoas que poderiam estar trabalhando mais, voltou a atingir o recorde de 25%.
E o número de pessoas nessa situação agora soma 28,5 milhões, crescimento de
744 mil no trimestre e de 1,066 milhão em 12 meses.
Também é recorde o número de pessoas desalentadas: 4,9
milhões. A taxa de desalento é de 4,4%. Nos dois casos, houve estabilidade em
relação a períodos anteriores.
Entre os setores pesquisados, agricultura, indústria e
administração pública cresceram no trimestre. Em 12 meses, a pesquisa mostra
alta em setores ligados a serviços e estabilidade nos demais.
Estimado em R$ 2.289, o rendimento médio caiu 1,5% no
trimestre e ficou estável em relação a igual período de 2018. Já a massa de
rendimentos (R$ 207,5 bilhões) ficou estável no primeiro período e cresceu 2,4%
em 12 meses, devido ao aumento da ocupação.
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