Governo realizou desfile militar, em região central de
Caracas, enquanto opositores marcharam na zona leste da capital.
Com pomposo desfile militar, governo comemora Dia da
Independência / Prensa Presidencial
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Fania Rodrigues
Caracas (Venezuela)
Via - Brasil de Fato
Um extenso desfile miltiar com tanques de guerra T-72, helicópteros
Mi-17, baterias de misseis S-300 e o poderosos aviões de caça russos Sukhoi
Su-30MK2V marcaram as comemorações do Dia da Independência da Venezuela,
declarada há 208 anos. Além disso, a presença das principais autoridades do
Estado foi uma mostra da unidade entre a Força Armada Nacional Bolivariana e o
governo do presidente Nicolás Maduro. "Que ninguém se equivoque, porque a
Venezuela tem exército e povo para defendê-la", disse Maduro em seu
discurso.
O presidente pediu às Forças Armadas para seguir defendendo
as autoridades legítimas."Vamos nos preparar para as batalhas que estamos
tomando, não vamos ter um segundo de descanso. Estamos no lado certo da
história e é hora certa para a batalha", declarou Maduro frente ao arsenal
de defesa do país.
O presidente venezuelano voltou a falar em diálogo com a
oposição como saída para resolver o conflito político do país. "Hoje, 5 de
julho, dia da pátria, da República, dia da Venezuela faço um chamado à paz e à
união nacional em todos os setores políticos, econômicos e culturais. Dentro da
Venezuela cabemos todos", afirmou.
Nicolás Maduro ressaltou ainda que governo e oposição devem
ceder para chegar a um acordo pacífico. "Devemos abrir mão de algo para
chegar a um acordo", destacou. Ele também disse que "na próxima
semana haverá boas notícias em relação ao diálogo. Sigo insistindo na
instalação de uma mesa permanente de diálogo".
Guaidó confirma diálogo
No lado oposto de Caracas, opositores marcharam contra as
políticas do governo. Diante de seus simpatizantes, o deputado e líder da
oposição confirmou que retomou o diálogo com o governo. "Recorremos a esse
espaço para enfrentá-los, para arrebatar, conseguir liberdade, conquistar
espaço", ressaltou Guaidó. Um canal de notícias dos EUA mencionou que
Guaidó igualmente havia confirmado o encontro a sua equipe de reportagem.
O líder da oposição pediu um voto de confiança aos seus
apoiadores e anunciou que na segunda-feira (8) chegam na Venezuela alguns
representantes do Grupo Internacional de Contato, formado por países europeus
para mediar o diálogo entre opositores e chavistas.
Já o assessor de Segurança da Casa Branca, John Bolton,
encarregado dos assuntos da Venezuela no governo de Donald Trump criticou a
iniciativa de negociação. "Não pode haver um diálogo de boa fé com
Maduro", escreveu Bolton em sua conta do Twitter.
Edição: Guilherme Henrique
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