Família disse que a gritaria das orações começava pela manhã |
O ataque dos cristãos ocorreu em São André, na Grande São Paulo. Eles ficaram enfurecidos quando souberam que o pintor tinha se queixado das orações com a síndica e arrombaram a porta do vizinho, começando por quebrar os móveis com a alegação que o pintor estava endemoniado.
A violência foi presenciada pela mulher do pintor — uma secretária de 39 anos — e pelas filhas do casal, uma de 4 anos, outra de 13 e a terceira de 19.
A secretária disse que tinha um bom relacionamento com Osolina, para quem às vezes doava cesta básica e roupas. A amizade se rompeu há cerca de 7 anos, quando a evangélica soube que a vizinha era espírita.
A mulher do pintor contou que, nos fins de semana, as pregações começavam com gritos logo pela manhã e se estendiam pela madrugada. Falou que se queixou várias vezes com a administração do condomínio, que nada fez.
Ela disse que quando recebia visita em casa era acusada pela vizinha de promover encontro de macumba.
Contou que o seu apartamento chegou a ser inspecionado por fiscais da habitação porque eles tinham sido avisados de que ali havia sacrifícios de animais.
"Já chamei ela (Isolina) para conversar aqui na minha casa, mas ela disse que não aceita falar com gente da minha cor e religião", disse.
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