Quando meus pés se cansarem
E a minha voz embargar
Chora mãe África, chora,
Já estou chegando lá
Se todos me abandonarem
Desistindo de caminhar
Coragem mãe África, coragem,
Força você me dará
E se algum de nós
Com o inimigo se juntar
Chora mãe África, chora,
É mais um filho que irás deserdar
Se mais uma vez
Aquele portão de ferro se fechar
Peço força mãe África, força,
É mais um irmão que o sistema vai trancar
Quando mais uma noite fria
Um dos teus filhos passar
Confia mãe África, confia,
No próximo inverno ele não estará mais lá
E quando a nossa nação
Dar as mãos e parar de duvidar
Alegre-se mãe África, alegre-se,
Nossa bandeira irá se levantar.
por Raquel Almeida (Sarau Elo da Corrente - Z/N de SP)
*essa poesia também pode ser encontrada em nossa mais recente publicação: "Mães de Maio, Mães do Cárcere - Periferia Grita" (Nós por Nós, Periferia-SP, 2012). Mais informações: maesdemaio@gmail.com .
#POESIA DAS RUAS - "MÃE ÁFRICA"
(por Raquel Almeida - Sarau Elo da Corrente)
via Mães de Maio
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