MARCO AURELIO REIS
Portal O Dia
Brasília - A abertura
de arquivos secretos das Forças Armadas, com relatos de militares que
supostamente avistaram Objetos Voadores Não Identificados, será discutida hoje
noMinistério da Defesa, em Brasília. A assessoria de imprensa do ministério
confirmou que representantes da Marinha, Exército e Aeronáutica debaterão
procedimentos administrativos para cumprir a Lei de Acesso à Informação. Devido
ao grande número de pedidos para a divulgação de documentos sobre óvnis, o
assunto será colocado em pauta.
“Isso é resultado da Carta de Foz do Iguaçu, assinada por
cerca de 500 pessoas durante o 4º Fórum Mundial de Ufologia, em dezembro,
solicitando a abertura de documentosconfidenciais. Essa luta começou em 2004,
mas até agora só a Força Aérea vem cooperando com divulgação de registros
relativos a discos voadores”, afirmou o ufólogo Marco Antônio Petit, um dos
mais conhecidos do Brasil.
Arte: O Dia |
A convocação para a reunião interna de hoje foi feita no dia
22 de janeiro, através de carta encaminhada pelo secretário de Coordenação e
Organização Institucional do Ministério da Defesa, Ari Matos Cardoso. Na
correspondência, ele menciona a “singularidade da matéria” e a criação de uma
comissão de investigação mista — com ufólogos, cientistas e militares, “para
exame das eventuais manifestações do fenômeno UFO (óvnis em inglês)”.
De acordo com Petit, a maior parte dos relatos colocados à
disposição pela Aeronáutica é referente à rotina operacional do controle de
tráfego aéreo. O DIA teve acesso a alguns desses relatórios. Dois deles são
descritos por militares no Rio de Janeiro.
No dia 7 de novembro de 2000, conforme o documento 365/1472
do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Condabra), um militar garante ter
avistado, de sua aeronave, às 23h, um objeto de luz branca em Santa Cruz, na
Zona Oeste. Em outro relato, segundo documento 65 C, do mesmo órgão, dois
militares dizem ter visto “várias luzes vermelhas caindo como gotas de um ponto
branco” e em deslocamento, por volta de 0h50 do dia 2 de maio de 2001, em
Jacarepaguá.
MUDANÇA DE COR E DE POSIÇÃO
Uma das transcrições intrigantes é a gravação feita pelo
tenente do Centro de Tecnologia da Aeronáutica, Ari Flávio de Souza, de uma
conversa entre pilotos de um voo da Varig com agentes da torre de controle de
Curitiba, na noite de agosto de 2003. Um dos pilotos da aeronave, que seguia
para São Paulo, relata, atônito, que estava avistando um objeto não
identificado. “Não dá para saber o que é...Tá voando paralelo à gente...Agora,
mais alto... Tá piscando...Agora tá parado... Na subida tava vermelho, agora
está branco...”. “Tentamos todos os meios, mas não conseguimos identificar
nenhuma aeronave”, respondeu funcionário da torre.
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