Em 2012, as Estatísticas do Registro Civil do IBGE trazem a
série revisada dos sub-registros de nascimento (aqueles não registrados no ano
em que ocorreram ou nos primeiros três meses do ano seguinte). Em apenas um
ano, o percentual de sub-registros caiu de 8,2%, em 2011 para 6,7%, em 2012.
Desde 2002 (20,3%), a queda foi de 13,6 pontos percentuais.
Caiu a proporção de nascimentos cujas mães eram dos grupos
etários mais jovens, enquanto cresceu nos grupos acima de 30 anos. Mas o
percentual de nascimentos cujas mães tinham até 15 anos de idade permaneceu
estável, oscilando de 0,7% em 2002 para 0,8% em 2012.
A mortalidade masculina permanece maior em alguns grupos
etários, principalmente os de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos, nos quais a
proporção de óbitos masculinos em relação aos femininos superou a razão de 4
para 1. Entre os óbitos infantis registrados, 50,8% foram neonatais precoces,
isto é, de crianças com até seis dias de vida.
O número de nascimentos registrados em 2012 (2,8 milhões)
ficou estável em relação a 2011, com redução apenas na região Nordeste (de
808,4 mil para 792,1 mil). O chamado sub-registro (conjunto de nascimentos não
registrados no ano ou até o fim do primeiro trimestre do ano seguinte) caiu de
8,2% para 6,7% em um ano. Em 2002, o percentual era 20,3%.
Os óbitos infantis são analisados em três componentes:
neonatal precoce (crianças de 0 a 6 dias), neonatal tardia (de 7 a 27 dias) e
pós-neonatal (de 28 a 364 dias).
Em 2012, 50,8% dos óbitos infantis registrados foram
neonatais precoces, 31,9% foram pós-neonatais e 17,3%, neonatais tardios, mas
os percentuais de óbitos pós-neonatais permanecem significativos. No Brasil, a
mortalidade pós-neonatal prevaleceu até o final da década de 1980, quando
então, começaram a predominar as componentes neonatais (precoce e tardia) que,
em 2012, representaram 68,1% dos óbitos de menores de 1 ano.
Com os avanços nas áreas de saneamento e saúde, os óbitos
infantis tendem a se concentrar na componente neonatal precoce. Em países mais
desenvolvidos e menos desiguais, 90% da mortalidade infantil se concentra entre
0 a 6 dias de idade.
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