A alta no preço do barril de petróleo foi responsável por
alterações na participação dos municípios no Produto Interno Bruto (PIB)
nacional em 2011. O município brasileiro com maior PIB per capita (R$ 387,1
mil), em 2011, foi Presidente Kennedy, no Espírito Santo, cidade produtora de
petróleo, seguida pelos municípios de Anchieta e Itapemirim, no mesmo estado.
As rendas gerada pelos municípios de São Paulo, do Rio de
Janeiro, de Brasília, de Curitiba, de Belo Horizonte e de Manaus corresponderam
a cerca de 25% de toda a geração de riqueza do Brasil em 2011. Esses municípios
somavam 13,7% da população.
Com exceção de Manaus, esses municípios concentram suas
atividades principalmente nos setores de intermediação financeira, comércio e
administração pública. Em Manaus, a economia se mantém entre as atividades de
indústria e de serviços.
Os dados fazem parte do cálculo do PIB dos municípios,
elaborado desde 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Também contribuíram com o levantamento órgãos estaduais de estatística,
secretarias estaduais de governo e a superintendência da Zona Franca de Manaus.
Campos de Goytacazes, no norte fluminense, registrou o maior
ganho absoluto de participação (0,2 ponto percentual): atingiu 0,9% em 2011.
Mas houve também perdas de participação. O município de Betim, em Minas Gerais,
caiu de 0,8% para 0,7%, resultado da retração no segmento do refino de
petróleo, causada pela elevação do preço do petróleo, em combinação com o
elevado estoque e baixo crescimento da indústria automotiva entre 2010 e 2011.
Segundo o IBGE, dois municípios maranhenses registraram os
maiores ganhos de posição no PIB nacional. Por causa do aumento da produção da
mandioca, Belágua subiu no ranking dos municípios da posição 4.991 para a
3.849. Já o município de Godofredo Viana saiu da colocação 4.217 para a 3.089, impulsionado
pela expansão da extração do ouro.
Os segmentos do comércio e serviços de manutenção e
reparação e os serviços de intermediação financeira, seguros e previdência
complementar e serviços relacionados pesaram no município de São Paulo e
provocaram a perda de 0,3 ponto percentual, em 2011. Apesar disso, o município
continuou como o principal polo industrial do país. A participação relativa é
de 7,9% no valor adicionado bruto da indústria no PIB nacional.
O estudo mostra ainda que os últimos 1.323 municípios do
ranking respondiam por quase 1% do PIB e por 3,3% da população, em 2011. Nesse
grupo, 73,7% eram municípios do Piauí e 62,3% da Paraíba. Para o IBGE, estes
dados apontam a concentração da geração interna da renda.
Na região Sudeste, os cinco municípios com maior PIB do
Espírito Santo corresponderam a 61,2% do PIB do estado e os do Rio de Janeiro
representaram 65%. Já no Norte e Nordeste os cinco maiores concentraram 50% do
PIB, com exceção de Tocantins (46,1%) e Bahia (42,6%). Nas regiões Sul e
Centro-Oeste, a concentração dos cinco municípios com maior PIB estadual não
chegava a 50%, a não ser nos estados do Mato Grosso do Sul (56,8%) e de Goiás
(50,7%).
A cidade de Vitória, apesar de ter o PIB per capita mais
alto entre as capitais ficou em quarto lugar no estado. O PIB per capita foi
calculado pelo quociente entre o valor do PIB do município e a população
residente em cada um.
O município de São Desidério, na Bahia, atingiu a primeira
colocação na participação no valor adicionado bruto da agropecuária no PIB em
2011, com R$ 832,8 milhões. No ano anterior, tinha ficado em 3º lugar. O
município foi o maior produtor de algodão herbáceo do país, respondendo por 14%
da produção nacional e 45,1% do estado.
A administração, saúde e educação públicas e seguridade
social registrou peso superior a 50% no PIB em todos os municípios de Roraima,
com exceção da capital Boa Vista, com 39,8%. Já em 16 capitais o peso foi
inferior ao valor nacional. Em Vitória ficou em 4,4%, em São Paulo 5,9% e
Curitiba, no Paraná, 7,4%.
Fonte: Agência Brasil
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