Um rapaz de 20 anos morreu em Paranavaí, de meningite. De
acordo com a Vigilância Epidemiológica da Regional de Saúde, o jovem
desenvolveu a meningite meningocócica, popularmente conhecida como bacteriana,
e morreu cinco horas depois de ser internado no Pronto Atendimento
Municipal. A morte foi registrada na
manhã de terça-feira (3), mas divulgada pela regional de saúde nesta
quarta-feira (4).
Em 2013, a Secretaria Estadual de Saúde (SESA) registrou 60
casos de meningite bacteriana no Paraná. Na região de Paranavaí, neste ano, a
SESA registrou três casos desse tipo.
Também durante este período, foram registrados 577 casos de meningite
viral no estado, destes, seis foram atendidos na região. A última morte registrada em Paranavaí por
causa da meningite foi em 2009, ainda de acordo com a SESA. À época, uma
criança e um idoso morreram vítimas da meningite bacteriana.
De acordo a enfermeira responsável pelo setor de
epidemiologia da regional de saúde, Edna Arroteia da Silva, o jovem foi
atendido em um posto de saúde da cidade na madrugada de segunda-feira (2), mas
após ser medicado foi liberado porque apresentava apenas dor de cabeça e febre.
Na noite do mesmo dia, ele piorou e procurou atendimento no Pronto Atendimento
Municipal. “O desenvolvimento da doença foi rápido. Ele passou o domingo (1°)
em uma festa com os amigos e à noite começou a passar mal. Esse jovem
desenvolveu o tipo da doença na forma mais aguda”, explicou Edna Silva.
"Esse caso já foi controlado e todas as pessoas que
tiveram contato com ele foram medicadas e não há mais risco de
contaminação" Marcelo Campos, médico regional de saúde
O médico do setor de vigilância epidemiológica da regional
de saúde, Marcelo Campos, conta que após a confirmação da morte, o corpo foi
examinado pelo Instituto Médico Legal (IML). Na necropsia o legista confirmou a
existência da doença e logo depois enviou uma amostra do material para um
laboratório da cidade.
“Como a vítima sofreu um acidente no sábado, precisávamos
confirmar a causa da doença, pois ainda não sabíamos o motivo. Quando o perito
abriu o corpo, viu que as membranas que envolvem o cérebro estavam inflamadas”,
detalhou Campos. “Uma amostra desse material passou por uma análise de
bactérias, onde ficou confirmado o caso de meningite bacteriana”, afirmou o
médico. As amostras serão encaminhadas para o laboratório central do estado
para identificar o subtipo da doença.
Conforme a enfermeira Edna Arroteia da Silva, o caso foi
isolado e não deve preocupar a população. Ela explica que apenas os familiares
mais próximos, que estiveram no mesmo ambiente do rapaz, possam ter divido o
mesmo quarto, foram chamados pela regional para tomar um remédio antibiótico
que combate diretamente a doença. “A doença é transmitida pela saliva e pelas
vias aéreas. Por isso, a família corre mais risco de desenvolver a doença,
porque divide o mesmo espaço na casa e também ficou mais próxima do doente.
Outras pessoas não correm esse risco”, diz a enfermeira.
No entanto, o médico Marcelo Campos diz que as pessoas que
estiveram com ele nesse período devem ficar atentas aos sinais, pois a doença
pode desenvolver no período de dois a dez dias. “Os sintomas são bem parecidos
com uma gripe forte, mas o paciente ainda pode ter vômito, ficar confuso
mentalmente e ter rigidez na nuca, que é o sinal mais preocupante”, argumenta o
médico. “Esse caso já foi controlado e todas as pessoas que tiveram contato com
ele foram medicadas e não há mais risco de contaminação”, acrescenta Campos.
Fonte: G1
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