As obras do Governo Federal chegaram até Minas Gerais, de
onde seguirão para o Rio Grande do Sul. O desafio é conseguir alterar o traçado
original: em vez de Guaíra, a ferrovia passaria pelo Extremo-Noroeste do PR
Leoni Dal-Prá defende a mudança no trajeto atual que contempla Guaíra Foto: Fabiano Fracarolli |
Paranavaí na rota do desenvolvimento. É o que querem participantes de entidades que representam a sociedade civil organizada. E como transformar o argumento em realidade? A proposta é incluir a região no caminho da Ferrovia Norte-Sul.
Por enquanto, as obras do Governo Federal chegaram até Minas
Gerais, de onde seguirão para o Rio Grande do Sul. O desafio é conseguir
alterar o traçado original: em vez de Guaíra, a ferrovia passaria pelo
Extremo-Noroeste do Paraná.
A reivindicação se baseia em critérios técnicos que
tornariam o projeto mais barato e reduziriam o tempo para a conclusão da obra.
Só para se ter uma ideia, a diminuição no trajeto seria de 101 quilômetros, o
que representaria uma economia de R$ 1 bilhão, além da conclusão da obra em
três anos antes do que o prazo previsto atualmente.
Na manhã de ontem, representantes de diferentes grupos
organizados da sociedade civil se reuniram em Paranavaí para tratar sobre o
assunto. Na ocasião, a engenheira civil Leoni Dal-Prá, integrante da Agência de
Desenvolvimento Regional (ADR) falou sobre as vantagens da Ferrovia Norte-Sul
para o Extremo-Noroeste.
Um relatório apresentado por Leoni aponta características
favoráveis à mudança de rota. Incluir a região da Associação dos Municípios do
Noroeste Paranaense (Amunpar) no caminho da Ferrovia Norte-Sul implicaria em
menos problemas ambientais, comparando com a proposta que contempla Guaíra, e
teria impacto social positivo 20% maior.
Mas as vantagens vão além do processo de construção da
ferrovia. Os ganhos posteriores para os municípios que formam a Amunpar seriam
enormes. Por exemplo, com menos caminhões nas rodovias haveria mais segurança e
mais conservação das estradas.
Leoni Dal-Prá citou outros benefícios: o custo no transporte
da produção agrícola seria menor; e mais pessoas se interessariam em investir
no agronegócio na região. “São muitos fatores geradores de desenvolvimento”,
disse a integrante da ADR.
TRAJETO - Com a mudança de rota, a Ferrovia Norte-Sul
seguiria de Rosana (SP), passando pelo Noroeste do Paraná, nas cidades de
Diamante do Norte, Itaúna do Sul, Nova Londrina, Guairaçá, Paranavaí e Alto
Paraná. Depois, se estenderia para Maringá e, posteriormente, para Chapecó
(SC), finalizando no Porto de Rio Grande (RS).
Alteração na rota também depende de decisões políticas
Se as questões técnicas e econômicas pesam em favor do
Extremo-Noroeste do Paraná, a alteração na rota da Ferrovia Norte-Sul também
depende de decisões políticas. Por isso, a expectativa do grupo que reivindica
a mudança é conseguir apoio de autoridades de toda a região.
Sendo assim, no dia 29 de agosto, lideranças de todos os
municípios da Amunpar se reunirão para conversar sobre o assunto. O objetivo
dos integrantes da ADR e do Fórum Permanente para o Desenvolvimento de
Paranavaí (Codep) é somar forças e, então, conseguir que a Ferrovia Norte-Sul
passe pela região.
Fonte: REINALDO SILVA - Diário do Noroeste
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