Centrais e organizações classistas associadas à Federação Sindical
Mundial (FSM) realizam tradicionalmente no dia 3 de outubro, data em que a
entidade foi fundada em 1945, uma mobilização internacional em defesa da classe
trabalhadora, que está arcando com o pesado ônus da crise do capitalismo
iniciada em 2007 e que já se revelou uma das mais longas e graves da história.
A CTB convoca os trabalhadores para se unirem à luta no dia 3 de outubro |
Desta vez, o foco das manifestações é o combate ao
desemprego, que cresceu consideravelmente ao longo dos últimos anos e atinge
hoje mais de 200 milhões de trabalhadores no mundo.
No Brasil, graças às políticas sociais dos governos Lula e
Dilma, a taxa de desemprego foi reduzida à metade e se encontra agora num dos
seus mais baixos níveis históricos. Mas em muitos outros países, e
especialmente na Europa, o problema se agravou. O percentual de desocupados na
zona do euro deve atingir este ano 12,3% da população economicamente ativa, bem
acima da média verificada antes de 2007, de 7,8%.
Em alguns países, como Grécia e Espanha, o quadro é mais
dramático: a taxa de desemprego é superior a 25% e mais da metade dos jovens,
os mais atingidos pelo fenômeno, está condenada à ociosidade involuntária.
Assim, o desemprego se transformou num verdadeiro flagelo para a classe
trabalhadora, pois como já dizia Gonzaguinha “sem o seu trabalho o homem não
tem honra”, nem salário, nem meios de vida.
O desemprego é um mal inerente ao modo de produção
capitalista. Cresce na medida em que avança a produtividade de trabalho e
também se torna um problemão nos períodos de crise, estagnação ou recessão
econômica, como o que o mundo em geral vive hoje. Do mesmo modo, as políticas
neoliberais de ajuste fiscal, cortes nos gastos públicos e demissões de
trabalhadores do setor, evidentemente agravam o quadro.
Ao mobilizar a classe trabalhadora para a luta contra o
desemprego é indispensável denunciar o capitalismo e ressaltar que uma solução
final para o problema passa pela derrocada do capitalismo e construção de um
novo sistema social, o socialismo. No momento é preciso combater as políticas
neoliberais e propor também soluções emergenciais, com base na reversão dos
ajustes fiscais e ampliação dos investimentos públicos, para atenuar os efeitos
deste flagelo sobre os trabalhadores, as trabalhadoras e suas famílias.
A CTB conclama sua militância e a classe trabalhadora a
participar dos atos que serão realizados no Brasil para marcar o Dia
Internacional de Luta contra o Desemprego convocado pela FSM.
Fonte: CTB - Portal Vermelho
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