Ficou decidido que não haverá carnaval de rua na cidade, que
terá duas quadras antes da Avenida Beira Rio, às margens do Rio Paraná,
interditadas para o fluxo de veículos. Também fica proibido acampar em espaços
públicos.
“Não pretendemos fazer festa neste carnaval, a cidade não comporta o número excessivo de visitantes, não possuímos ainda a infraestrutura necessária para receber toda essa gente”.
A afirmação é do prefeito de Porto Rico, Paulo Prates,
durante reunião com a comunidade e autoridades para discutir alguns problemas
que a cidade tem enfrentado nas questões de segurança e de infraestrutura.
A reunião contou com a participação dos comandantes do 8º
BPM, major Paschoal, e da Marinha, capitão Lessa, entre outros envolvidos
diretamente na segurança e preservação do meio ambiente, que expuseram algumas
atitudes de fiscalização que já vêm sendo tomadas na cidade.
“O trabalho nessa região do Paraná, próximo com a fronteira
com o Paraguai, é muito difícil. Nosso efetivo, para a realidade da cidade, é
suficiente, mas nos dias de maior fluxo a situação sai da normalidade”,
destacou o comandante do 8º BPM. Lembrando que a cidade possui cerca de 2.700
moradores e chega a ter 10 mil visitantes nos finais de semana e feriados
prolongados.
Uma das preocupações dos moradores da cidade é a bagunça
feita pelos visitantes durante o carnaval em alguns pontos do município,
principalmente na barranca do Rio Paraná.
Ficou decidido que não haverá carnaval de rua na cidade, que
terá duas quadras antes da Avenida Beira Rio, às margens do Rio Paraná,
interditadas para o fluxo de veículos. Também fica proibido acampar em espaços
públicos. “Ainda não possuímos áreas de camping com banheiros, e nem
infraestrutura para acomodar os visitantes. Não será permitida que barracas
sejam montadas nas calçadas e terrenos públicos”, explicou o prefeito.
O capitão Lessa destacou que a Marinha já está fazendo seu
trabalho de fiscalização no rio. “A Marinha, a exemplo da PM, tem as mesmas
dificuldades de fiscalização, mas estaremos presentes em toda região, não
podemos aceitar o descumprimento das leis”, enfatizou.
Inúmeros problemas relacionados ao comportamento dos
turistas e moradores foram abordados durante a reunião, como funcionários de
marinas conduzindo tratores, rebocando embarcações, sem habilitação necessária,
transporte de passageiros dentro da embarcação durante o reboque e o fluxo nas
rampas náuticas, que em dias de grande movimento ficam lotadas de barcos.
“Fiquei assustado com o relato de nossos policiais de que um
adolescente estava conduzindo um trator de reboque de embarcações. A PM fará a
lei ser cumprida”, enfatizou o comandante do 8º BPM, que deve estar reunido com
o Ministério Público na próxima semana para discutir o assunto e a
possibilidade de que as marinas acordem um Termo de Ajuste de Conduta (TAC)
para regularizar a situação dos motoristas.
Outro problema levantado é relacionado à prainha de Porto
Rico, que recebe centenas de turistas nos finais de semana. Por se tratar de
uma área pertencente à União, a administração municipal fica incapacitada de
fazer investimentos no local.
“Estamos pedindo para a União que passe a concessão da praia
para o município, assim vamos poder desenvolver projetos sustentáveis com os
comerciantes e frequentadores da prainha”, destacou o vice-prefeito Ito.
Entre as iniciativas que devem ser tomadas estão a
sinalização das áreas de embarque, desembarque, para prática de esportes aquáticos
e banho. O trabalho de orientação dos visitantes também deve ser intensificado,
lembrando que é proibido o uso de churrasqueiras, carvão, vidros, animais,
entre outros componentes que possam poluir o meio ambiente.
Fonte: Ricardo Paiva
Diário do Noroeste
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