Um por um, este blog procurou fazer sua parte num ano de
decisão em que o resultado eleitoral deixou claro, mesmo para quem se acha uma
formiguinha, que uma grande montanha se faz com cada pequeno grão.
Hoje, mesmo não sendo talvez não sendo o dia de uma festa
como desejaríamos, onde não houvesse uma sombra sequer de preocupação a macular
nossa alegria, é certamente o dia de uma celebração, e das mais importantes.
Superamos, com a vitória de Dilma no voto popular, mais um
capítulo de uma luta que não terminará nunca: a de fazer do Brasil um país
livre e dos brasileiros um povo na plenitude de sua felicidade e potencial.
Enfrentamos todos os poderes do atraso e da dominação, num
país atrasado e dominado há séculos.
E isso não é pouca coisa, porque significa enfrentar uma
máquina injusta, impiedosa e imoral.
Também não é pouca coisa termos como Presidenta uma mulher
de fibra, de honradez inquestionável, de compromissos de toda uma vida – e
dores indescritíveis, por isso – em favor da libertação do povo brasileiro.
Igualmente, é hora de celebrar a continuidade do que já é
imenso e precisa ser muito mais: os avanços arrancados a fórceps nas estruturas
iníquas.
Paradoxalmente, é hora também de pensar no lado positivo que
– e isso vai depender de nosso destemor – surgidos no país, pelo que nos abrem
de possibilidades de avançar para as reformas eleitorais e políticas que
retirem ao máximo o poder econômico, senão da política, ao menos da eleição.
E isso incluiu dinheiro para campanhas mas, também, a
expressão incontrastável do poder econômico pelos mecanismos de mídia.
Portanto, se talvez não haja, de fato, um clima para o
carnaval de alegria que gostaríamos de ter, certamente há diante de nós o
horizonte do campo de batalha que nos aguarda.
Que vai até o infinito, nesta maravilha que é poder
sentir-se parte da história de um país que, não importam o que façam, tem o
destino traçado para a felicidade.
Que não nos escape, portanto, a felicidade de estarmos
começando 2015 com os desafios da vitória.
Por Fernando Brito
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