O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reconheceu ontem (07) os resultados das eleições legislativas realizadas nesta nação sul-americana,
nas quais as forças da oposição obtiveram a maioria parlamentar.
Minutos após a divulgação do veredito irrevogável por parte
do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Maduro dirigiu-se ao país e felicitou o
povo pela elevada participação e chamou as unidades de base do Partido
Socialista Unido da Venezuela (PSUV) a manter como até agora sua vocação
pacífica.
Segundo o chefe de Estado, o reconhecimento dos resultados
por parte da esquerda jamais esteve em dúvida, em contraste com os repetidos
desconhecimentos, chamados à violência e ao jogo sujo da direita local
(derrotada em 18 de 20 eleições realizadas desde 1999).
O presidente sublinhou que o sistema eleitoral venezuelano é
uma das principais fortalezas da Revolução Bolivariana, a qual -assegurou-
mantém a moral intacta e encarará um processo de reconfiguração para se tornar
ainda mais efetiva.
Maduro indicou que nesta oportunidade as forças de esquerda
foram vítimas de manobras contra o país como a guerra econômica, o
armazenamento ilegal e a especulação com os preços de produtos de primeira
necessidade, que amedrontaram a cidadania.
A direita quer fazer a Venezuela regressar aos caminhos do
neoliberalismo e a nós corresponde realizar a batalha dignamente para proteger
o povo, disse.
Segundo Maduro, os revolucionários foram derrotados, mas
agregou o célebre "momentaneamente" do falecido presidente Hugo
Chávez.
Em tal sentido, chamou os militantes do PSUV e os partidos
aliados a ir de menos a mais, a continuar o trabalho casa por casa e a dar o
melhor de si pelo povo. A Revolução Bolivariana segue de pé e se fará mais
profunda, prometeu.
Para isso conclamou a superar o modelo econômico dependente
do petróleo para não voltarem a ser vítimas de chantagens da contrarrevolução.
Mais de 19 milhões 490 mil venezuelanos estavam convocados
ontem a eleger os 167 deputados da unicameral Assembleia Nacional.
Segundo o primeiro boletim oferecido pela presidente do CNE,
Tibisay Lucena, a participação na consulta foi de 74,25 por cento e no ponto da
transmissão de 96,03 por cento dos dados a aliança opositora Mesa da Unidade
Democrática estava com 72 candidatos nominais vencedores e 27 candidatos de
lista.
Por sua vez, o PSUV conseguiu 24 representantes nominais e
22 de lista.
De acordo com Lucena, ainda faltam definir os ganhadores em
11 circunscrições, a lista do estado Mérida e as três jurisdições indígenas.
Via Prensa Latina
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