O “fora Temer” é o hit que faz sucesso estrondoso no Brasil.
E, também, no exterior, sempre que o usurpador Michel Temer ou algum integrante
da sua cleptocracia [“governo de ladrões”, em grego] cumpre alguma agenda no
estrangeiro.
A coisa está tão entranhada que, numa das agendas que o
usurpador cumpriu no exterior, o locutor da cerimônia oficial chegou a
anunciá-lo pelo que supunha ser seu nome, e então convidou para fazer o uso da
palavra “o Senhor fora Temer!”.
O “fora Temer!” é ovacionado em formaturas, cultos
religiosos, missas, shows, jogos de futebol, assembléias de trabalhadores e,
inclusive, em protestos de taxistas.
É quase uma unanimidade nacional; um verdadeiro clamor que
só não é defendido por menos de 3% da população brasileira; 97% quer o “fora
Temer!”.
O “fora Temer!” é uma manifestação onipresente e onisciente.
Está nas esquinas, nos cafés, nos bares, nas conversas de vizinhos, nas filas
de banco, nas gôndolas dos supermercados, nos ensaios musicais, nas peladas de
futebol, nos estádios, nos terminais de ônibus, nas filas dos mictórios
públicos, nas vilas, nos tiroteios entre traficantes e policiais.
Bastam 3 pessoas reunidas e, se alguém grita “fora Temer!”,
o encontro restrito e particular vira uma assembléia pública massiva gritando
“fora Temer!”, “fora Temer!”, “fora Temer!”.
O “fora Temer!” se converteu numa espécie de saudação entre
as pessoas. Quando alguém pergunta: “E aí, tudo bem?”, a resposta é “fora
Temer!, tá tudo bem”.
Os gaúchos e paulistas, por exemplo, adotaram uma resposta
original para responder à saudação “E aí, tudo bem?”.
Os gaúchos, por razões que a óbvia realidade regional impõe,
respondem: “fora Temer, Sartori e Marchezan!, está tudo bem”. Os paulistas, por
seu turno, respondem: “fora Temer, Alckmin e Dória!, tá tudo certo”.
No Rock in Rio não foi diferente. Uma multidão humana aderiu
à campanha “believe earth” lançada pela modelo Gisele Bündchen gritando
incansavelmente “fora Temer!”, “fora Temer!”, “fora Temer!”.
O “fora Temer!” é um sucesso nacional e internacional. O
“fora Temer!”, todavia, só não é escutado onde deveria, que é no Congresso e no
STF.
Não há nada de anormal nisso. Afinal, tanto o Congresso
quanto o STF integraram a engrenagem do golpe jurídico-midiático-parlamentar
perpetrado em 2016 através do impeachment fraudulento da Presidente Dilma.
O establishment, que exerce o poder econômico, o poder
judicial, o poder midiático, o poder político, o poder parlamentar e o poder
cultural, já decidiu que não terá “fora Temer!”.
A oligarquia golpista está decidida a derreter o Brasil até
o fim.
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