A única forma de prevenção contra o sarampo é a vacinação. A doença vem acompanhada de uma série de sintomas e pode deixar sequelas neurológicas graves e até mesmo levar à morte. Mesmo assim, o índice de imunização tem caído gradualmente nos últimos anos.
Por Reinaldo Silva
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
Um estudo feito pela 14ª Regional de Saúde de Paranavaí,
entre 2015 e 2018, analisou o comportamento da população do Noroeste do Paraná
em relação a oito vacinas distribuídas gratuitamente na rede pública, entre as
quais, a que garante proteção contra o sarampo.
Nesse período, 50% dos municípios da região alcançaram a
cobertura vacinal entre as crianças menores de um ano de idade, na primeira
dose. O índice caiu para 34,8% entre a população de até um ano e três meses.
A situação identificada no Noroeste do Paraná é reflexo do
que acontece em todo o Brasil. De acordo com a 14ª Regional de Saúde, o número
de pessoas sendo vacinadas diminui de maneira exponencial, especialmente a
partir de 2016.
Vários fatores influenciaram para esse cenário. Um dele é a
erradicação de doenças, como o sarampo, que provoca na população a falsa
sensação de que a vacina é desnecessária. A divulgação massiva de notícias e
publicações em redes sociais contrárias à vacinação também contribui para isso.
PREOCUPAÇÃO COM O SARAMPO – O Paraná não tem confirmações de
sarampo, mas se trata de uma doença altamente contagiosa que atinge o estado
vizinho, São Paulo, onde foram registrados 567 casos positivos.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), cinco
pessoas com suspeita da doença vindas de São Paulo passaram pelo Paraná. Por
isso, a preocupação é com a possibilidade de contágio entre os paranaenses.
Sendo assim, estão sendo discutidas estratégias de prevenção nos municípios.
Entre as orientações da 14ª Regional de Saúde para as
equipes técnicas está a intensificação de buscas ativas, ou seja, a
identificação de pessoas que não tenham sido vacinadas e que precisam ser
encaminhadas para a unidade básica de saúde para receberem imunização.
À população, a Regional de Saúde destaca a necessidade de se
proteger contra o sarampo, doença que pode provocar cegueira, retardo mental,
otite grave (que pode levar à meningite) e morte. Na dúvida sobre o quadro
vacinal, o ideal é procurar a UBS e se informar. Se houver necessidade, tomar a
vacina.
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