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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

2013 pode ser o ano da recuperação financeira no mundo e da descoberta científica


No Dag Vulpi 

A zona do euro fracassou em resolver uma crise que está jogando a Grécia "na idade da pedra econômica", nas palavras de um banqueiro central, uma paralisia das vidas que muda um país em uma geração. Os protestos na praça Tahrir do Cairo contra Mohammed Mursi, o presidente que é produto da revolução "democrática" do Egito há menos de dois anos, e que agora concedeu a si mesmo poderes para bloquear qualquer contestação constitucional, representam uma reprovação daqueles que aplaudiram a Primavera Árabe. E 2013 ainda pode ser o ano em que o Irã obterá uma arma nuclear.
Mas muitas tendências estão transformando o modo como os países são governados e melhorando as vidas de milhões de pessoas. Algumas até mesmo são decorrentes do colapso financeiro de 2008. Quatro anos depois, nós finalmente estamos tirando proveito de uma boa crise.
Aqui estão 10 problemas que podem melhorar daqui um ano.   

1. A democracia se sairá melhor 
2. A recuperação do crescimento americano   
3. Polônia, Turquia e México   
4. África –o progresso persiste   
5. As eleições no Irã podem ajudar   
6. Autocracia: sem apelo
7. Livros, bancos e lições móveis 
8. Grandes cidades: ideias e crescimento  
9. Foguetes e drogas  
10. Desaceleração do crescimento populacional – mas não na família real   

Estes têm sido anos difíceis para a democracia: a economia aponta para um caminho que os políticos com esperança de serem reeleitos temem trilhar. Apesar da economia argumentar a favor de permitir uma maior migração de trabalhadores, ou deslocar o apoio aos velhos para os jovens, essas ideias são politicamente tóxicas. "É um problema de pesadelo", diz David Miliband, o ex-ministro das Relações Exteriores do Reino Unido.
É claro, não é a primeira vez que as sociedades ocidentais enfrentam dívida alta e déficits. O que difere dos anos 30, entretanto, é que suas populações são mais idosas. O número de pessoas aposentadas e que usam serviço de saúde público está crescendo, enquanto um número menor de pessoas está disponível para pagar impostos. Os governos sabem que não podem bancar o acordo com os eleitores em vigor desde a Segunda Guerra Mundial – para bem-estar social, saúde e educação.
Alguns se perguntam se a democracia está à altura da realização de reformas duras. No Japão, que teve seis primeiros-ministros em seis anos, os governos têm fracassado em melhorar a economia após duas "décadas perdidas" de estagnação. Nos Estados Unidos, a hostilidade entre os republicanos e os democratas durante o primeiro mandato do presidente Barack Obama resultou na menor aprovação de legislação desde a Segunda Guerra Mundial.
O motivo para permanecer esperançoso é que os eleitores sabem que o mundo mudou e estão preparados para deixar seus líderes seguirem a trilha desconfortável se for por uma boa causa. Veja a chanceler alemã Angela Merkel, que está em alta nas pesquisas apesar de resgatar a Grécia, uma política tão odiada que o jornal "Bild" perguntou: "Será que a Grécia quebrará nossos bancos?" Não causaria surpresa se os alemães se rebelassem por bancarem a Grécia. Mas não se rebelaram.
No Reino Unido acontece o mesmo, até certo ponto. A frase "nós todos estamos nisso juntos" costuma ser associada à reputação do ministro da Fazenda, George Osborne, uma exortação destinada a provocar escárnio sempre que ele a tentava. E os conservadores permanecem cerca de 10 pontos percentuais atrás dos trabalhistas nas pesquisas. Mas os protestos em relação à austeridade foram surpreendentemente contidos diante da escala das mudanças, e a coalizão sobreviveu, contrariando muitas previsões.      


Um segundo argumento é a força da recuperação dos Estados Unidos, e a capacidade do país de mudar. Alguns anos atrás eu escrevi um livro, "In Defense of America", contestando as previsões de declínio americano após o fiasco da Guerra no Iraque. Está ficando mais fácil defender esse argumento.
Eu reconheço que os Estados Unidos enfrentam problemas imensos. A dívida pública americana de US$ 11,5 trilhões paira sobre todo o debate político. Apesar da reforma da saúde de Obama ter dado um passo popular para conceder cobertura de saúde a quem não tinha, ela evitou a dor do corte dos benefícios. Enquanto isso, o centro desapareceu da política no Capitólio, muito mais do que entre o eleitorado.
Mas a ascensão do voto latino está rompendo esse impasse –enquanto a imigração dá aos Estados Unidos uma das forças de trabalho mais jovens do mundo industrializado. Nem é fantasioso projetar que a revolução em energia, provocada pelo novo acesso a vastas reservas de gás de xisto, melhorarão significativamente as chances do país de uma forte recuperação.
A revolução de energia americana pode adiar a adoção de uma tecnologia mais eficiente e diminuir seu interesse em buscar um acordo a respeito da mudança climática. Mas é impossível exagerar seu impulso ao otimismo nacional. Os temores de que os Estados Unidos seriam dependentes para sempre do petróleo da Arábia Saudita e outros lugares voláteis foram substituídos por uma visão inebriante de que o país pode vir a ser capaz de suprir toda a energia que precisa em uma década.    


Um trio estranho de bandeiras contribui para o terceiro motivo para otimismo: o denominador comum é que apesar de não serem gigantes, a nova força deles está ajudando suas regiões.
Eu não vou defender uma animação a respeito da zona do euro; os resgates até o momento mal conseguiram adiar o pior. Mas dentro da Europa, a Polônia repentinamente se transformou em um país que escreve o roteiro para a União Europeia, após anos em que seus líderes demonstravam um mau humor melancólico com o fracasso de Bruxelas (no entender deles) em apreciar a estatura natural do país. Agora a Polônia é a estrela inquestionável dos 10 países que ingressaram na UE em 2004. O ministro das Relações Exteriores, Radoslaw Sikorski, publicou um relatório conjunto com 10 outros em setembro pedindo por uma maior integração, e agora está assinando o novo memorando para autorizar a próxima rodada de dinheiro de resgate para a Grécia.
Isso é bom para a Europa; isso solidifica o abraço do leste pela união, uma força importante para a estabilidade. Ao mesmo tempo, sinaliza de modo saudável que os líderes da UE encorajarão a Turquia a continuar olhando para o oeste, principalmente diante do papel central que o país agora exerce no Oriente Médio.
A 11 mil quilômetros de distância, os avanços no México estão mudando as relações tanto com os Estados Unidos quanto com os parceiros ao sul. A confiança no México costuma ser estragada pela explosão da violência do narcotráfico, que já matou mais de 50 mil pessoas desde 2006. Agora as coisas estão um pouco melhor. O novo presidente do México, Enrique Peña Nieto, chegou ao poder prometendo reforma tributária e industrial, o narcotráfico diminuiu um pouco e o país está exibindo sinais de crescimento.    


O Banco Mundial diz que em um continente de 1 bilhão de pessoas, 21 países, que contam com uma população combinada de 400 milhões, atingiram o status de renda média. O banco prevê que 2012 apresentará um crescimento de 4,8%, apesar da economia global fraca e do aumento dos preços do petróleo e dos alimentos. E o futuro parece ainda melhor. O Fundo Monetário Internacional acabou de revisar suas previsões para o crescimento do continente em 2013 de 5,3% para 5,7%, enquanto o Banco Africano de Desenvolvimento prevê que a economia pode crescer cerca de oito vezes nos próximos 50 anos.      
Esta é difícil – há apenas uma chance mínima de progresso. O presidente Mahmoud Ahmadinejad está impedido de disputar a eleição presidencial do Irã em junho, já que atingiu o limite constitucional de seu mandato. Os três principais candidatos são Ali Larijani, o presidente do Parlamento, Saeed Jalili, o negociador chefe nuclear, e o ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani.
Não há sinal real de que qualquer líder potencial estará inclinado a fechar um acordo com os Estados Unidos para restringir o programa nuclear do Irã, que tem avançado de modo constante desde a eleição de Ahmadinejad em 2005. Ainda assim, o novo presidente poderia ajudar a criar uma abertura para um acordo que as autoridades americanas têm sondado discretamente quando se veem à margem das grandes reuniões da ONU com seus pares iranianos – a suspensão das sanções em troca da renúncia de produção de material físsil.
O obstáculo é que o regime é extremamente hábil em manter a pressão sob controle. O programa nuclear conta com amplo apoio popular – há um senso de orgulho em obter uma tecnologia que "até mesmo o Paquistão" (na frase comum e desdenhosa iraniana) conseguiu, e um senso de humilhação ao ser pressionado para abrir mão dela. Mas as sanções americanas e europeias estão claramente machucando.   


Não é apenas o Twitter, mas sim o celular – a ubiquidade das comunicações pessoais está tornando impossível para os governos controlarem seus povos. A Coreia do Norte continua sendo a única exceção.
Na China, a nova liderança provavelmente será ainda mais aberta do que a anterior. Xi Jinping, que assume formalmente como presidente em março, tinha 25 anos em 1978, quando Deng Xiaoping começou a abrir a China para o mundo. Por ter vivido essa transformação, é altamente improvável que Xi tenha a mesma mentalidade que a geração anterior.
Na Síria, a resistência popular prolongada ao governo de Bashar Assad tornou-se impossível de ignorar. Em novembro, a causa rebelde ganhou apoio internacional do presidente francês François Hollande, cujo endosso à coalizão rebelde síria teve importância especial – o país esteve sob domínio francês de 1922 a 1943.    


Segundo as projeções do Morgan Stanley, 2013 será o ano em que o acesso das pessoas à Internet se dará mais por dispositivos móveis do que por computadores desktop ou notebooks. A última década viu uma revolução no uso dos celulares, levando comunicações a aldeias na Índia e na África que tinham pouca esperança de capacidade por linhas fixas.
A nova supremacia dos aparelhos móveis expandirá a popularidade das "carteiras eletrônicas" – o uso de telefones para realização de pagamentos eletrônicos– particularmente em locais com um bom sistema bancário, e isso transformará a forma como as pessoas conduzem suas vidas e a capacidade de crescimento. A experiência no Afeganistão mostra o motivo.
Em 2002, quando as forças internacionais chegaram ao país, apenas um pequeno percentual da população de aproximadamente 23 milhões tinha acesso a um banco, e menos de 200 mil tinham acesso a um telefone. Em 2012, o sistema de transações financeiras por SMS estabelecido pela Roshan, a maior operadora de telefonia do Afeganistão, com a Vodafone, contava com 1,2 milhão de usuários. Esses clientes pagam em dinheiro para um agente certificado de dinheiro móvel e então gastam ou transferem seu "dinheiro eletrônico" em outro lugar. Aproximadamente 15 milhões atualmente têm acesso a um telefone; a polícia é paga com dinheiro eletrônico há três anos, e isso ajuda, digamos, professores em áreas remotas, que antes tinham que esperar meses para receber o dinheiro devido às dificuldades de transporte.     


Apesar dos políticos nacionais ficarem tentados a se tornarem xenofóbicos, os prefeitos das maiores cidades do mundo os empurram para trás. Durante uma viagem à Índia no mês passado, o prefeito de Londres, Boris Johnson, atacou o endurecimento pelo Reino Unido da concessão de vistos para estudantes. E Michael Bloomberg, o prefeito de Nova York, criticou as leis que impedem estudantes estrangeiros que obtiveram alta qualificação nos Estados Unidos de permanecerem no país.
Nem todas as cidades são prósperas, é claro, mas a maioria exibe uma concentração de talento e inovação. É mais barato fornecer serviços em áreas urbanas, de modo que a saúde e a educação costumam ser melhores, e as grandes cidades atraem e nutrem uma classe média.
O número de megacidades com mais de 10 milhões de habitantes deverá dobrar nas próximas duas décadas. Você pode não querer viver nelas – mas muitos querem. Todo mês, 5 milhões de pessoas se mudam do interior para uma cidade em algum lugar no mundo em desenvolvimento.   


Será um grande ano para a ciência, oferecendo algum conforto de que, apesar da espécie não ser capaz de administrar um bloco monetário, ela ao menos pode sondar outras galáxias. Mais países veem a grande ciência como motivo de orgulho nacional, o que promoverá uma enxurrada de novas pesquisas na loja comum do conhecimento.
Os avanços nos testes genéticos e a queda no preço de realizar uma varredura no DNA de uma pessoa estão provocando mudanças na medicina que podem vir a revolucionar os tratamentos. Isso permitiu aos médicos, por exemplo, descobrir que alguns medicamentos para câncer funcionam melhor do que os testes revelaram anteriormente –mas apenas para um pequeno número de pessoas com certa composição genética.
A missão Gaia da Agência Espacial Europeia, em desenvolvimento desde 2007, deverá ser lançada em 2013. Ela levará cinco anos para criar um mapa 3D da Via Láctea, sem precedente em escala, o que ajudará os cientistas a entenderem a evolução de nossa galáxia. Os cientistas preveem que a missão pode descobrir até 50 mil planetas antes desconhecidos.   


O crescimento da população mundial está desacelerando. Entre 2010 e 2015, a ONU prevê um aumento anual de 70 milhões, em vez dos 80 milhões por ano em 2000. A taxa de natalidade nos países africanos, incluindo Gana e Angola, está caindo. Isso ajudará nos problemas ambientais, principalmente no aquecimento global.
Mas não entre a realeza. O anúncio de que Kate Middleton, a duquesa de Cambridge, está grávida salvou o setor de jornais britânico por mais um ano, ao mesmo tempo em que reforça o apelo do flanco mais popular da família real britânica, depois da rainha.
A mudança nas regras de sucessão em outubro de 2011 significa que se o casal real tiver uma menina como primogênita, ela permanecerá como terceira na linha de sucessão ao trono, à frente de um filho posterior ou do príncipe Harry. Essa é a mudança constitucional mais discreta e mais rápida realizada pelo Reino Unido em anos – um sinal de quão não controversa a igualdade dos sexos se tornou.
Boa notícia para as mulheres e para a mídia. Congratulações ao casal real. E para todos os demais, motivos para esperar por 2013.

No Dag Vulpi 

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