Para ninguém é segredo o fato de que a maioria da população mundial não tem acesso aos medicamentos necessários. Em consequência disso, mais de 15 milhões de pessoas morrem por ano vítimas de doenças infecciosas para as quais existem tratamentos eficazes, porém, fora do seu alcance.
O alto preço dos remédios produzidos pelas multinacionais farmacêuticas impede sua aquisição pelos que carecem de recursos suficientes. No caso da AIDS, Síndrome de Deficiência Imunológica Adquirida, apenas uma parte dos milhões de portadores que precisam se tratar tem à sua disposição os medicamentos antirretrovirais capazes de salvar-lhes a vida, principalmente nos países em desenvolvimento.
A situação em Cuba antes da vitória da Revolução em 1959 era também difícil nessa área. A maioria dos medicamentos utilizados no país eram importados ou fabricados em laboratórios de capital estrangeiro que tinham o monopólio desse mercado no país e impunham altos preços, inalcançáveis para grande parte da população.
Ao assumir o poder, o governo revolucionário cubano deu prioridade ao desenvolvimento da indústria farmacêutica nacional para garantir os remédios necessários sem ter de importá-los. Hoje, o país tem capacidade para cobrir a demanda básica nesse setor, a partir da importação de matéria-prima e da produção local.
Ao longo das últimas décadas, Cuba teve avanços notáveis na indústria farmacêutica, apesar das restrições do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA, vigente há mais de 50 anos. Essa política hostil impede adquirir produtos de laboratórios norte-americanos, e isso faz que o país tenha de gastar mais procurando-os noutros mercados.
As autoridades cubanas incentivam o setor de pesquisas, tanto para novos medicamentos quanto para vacinas e outros itens. O propósito é elevar a qualidade de vida dos pacientes, mesmo os que sofrem doenças sem cura. Os medicamentos produzidos no país se regem pelas regras do sistema de saúde nacional, sendo fornecidos de maneira gratuita nos hospitais e com preços subsidiados nas farmácias.
(M.J. Arce, 23 de outubro)
Nenhum comentário:
Postar um comentário